quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Dez (10) vezes que a URSS ou a Rússia foram pioneiras de forma estranha

Para referenciar a postagem:

LIMA, F. C. Dez (10) vezes que a URSS ou a Rússia foram pioneiras de forma estranha. Rio de Janeiro. Blogger: Fabistoria - Professor Fabiano Lima História e Educação. 19 de Nov. de 2020.

Dez (10) vezes que a URSS ou a Rússia foram pioneiras de forma estranha

Nesta postagem, deixaremos na íntegra os textos que editamos com as referências bibliográficas para a série "10 Vezes que a URSS ou a Rússia foram Pioneiras de forma estranha", para o meu Instagram (Instagram.com/ProfessorFabianoLima). Nesta série de postagens elegemos 10 evoluções tecnológicas e científicas em que a URSS ou a Rússia foram pioneiras e de forma questionável pelas ciências. Escolhemos os períodos de Guerras e da Guerra Fria, pois os períodos de guerra são conhecidos por serem os que mais ocorreram as maiores revoluções tecnológicas utilizadas até a atualidade. Como plano de fundo utilizamos o estranhamento sobre a descoberta da vacina Sputnik-5 pelos Russos no ano de 2020 para combate ao Corona Vírus (SARS-COV-2/COVID-19), vacina que foi questionada pela imprensa e por cientistas no ocidente devido a falta de transparência. Procedimentos científicos que levaram até a vacina também foram questionados. A seguir, de forma seriada, apresentamos cada um dos pioneirismos escolhidos pela equipe da página, que foram considerados grandes avanços, e que tem seus questionamentos técnicos e científicos apesarem de serem grandes feitos que alteraram a História da humanidade, seja ela para a comunicação ou demonstração de força contra o ocidente. Temos aqui satélites, missões espaciais, criações aeroespaciais e estratégias de guerra. Por ultimo não poderíamos deixar de citar a estratégia de guerra que arremete a uma pesquisa Histórica pelos Russos para vencer Napoleão Bonaparte e Adolph Hitler.

Autor: Fabiano Cabral de Lima, Professor de História e Mestre em Educação (UFRJ).
 
1. Vacina Sputnik – 5:

A Russia passou por um processo revolucionário Socialista, em 1917, que desencadeou no fim do regime monárquico/czarista, e inicio de um regime ~baseado~ no socialismo, sob constituição com direitos aos operários/trabalhadores/proletários, organizados em sovietes (grupos politicos formados por esses) para garantir os seus direitos. A URSS participou da II Guerra Mundial: quando há uma Guerra, há uma corrida ciêntifica para avançar a tecnologia, principalmente em se tratando da criação de armas. Com o fim da II Guerra Mundial em 1945, a URSS entrou na partilha da Alemanha (ex-Nazista) e participou (junto aos EUA, França e Reino Unido) de um grande processo de formação e educação da população alemã sobrevivente, contra ideias Nazistas. Após desavenças, a URSS e os Países capitalistas dividiram a Alemanha em duas: Oriental (Controle Soviético) e Ocidental (Controle Socialista) entre 1960-1961, criando uma fronteira armada que resultou na Muralha de Berlim. Países Capitalistas recomeçaram uma disputa armarmentista e tecnológica para mostrarem superioridade à URSS. A URSS não ficou pra trás! Exibiu na imprensa vários de seus avanços teclógicos, como o programa SPUTNIK, que foi uma resposta ao programa espacial da Nasa (EUA) desejando levar humanos ao Espaço, entre 1960-1961, depois substituido pelo SOYUS. A palavra "Sputnik" foi taggeada no tempo presente nas redes sociais (Agosto/2020): Rússia havia anunciado testes com sucesso da vacina "SPUTNIK" contra COVID-19 - Primeira patenteada no Mundo, sem transparência de procedimentos. SPUTNIK e disputa diplomática: Cientistas mundialmente se preocuparam com procedimentos éticos, e a falta de transparência da criação/ teste da vacina, e relataram perigos com remédios não testados cientificamente, sem transparência. Em 09/2020, cientistas Russos publicaram dados em revista cientifica indicando testes satisfatórios contra o vírus. Virus que está causando disputa tecnológica entre países no século XXI. Referencias nos comentários!

Sputnik Brasil. The Lancet publica os resultados dos testes clinicos da vacina russa Sputnik V. Materia Publicada em 04 de setembro de 2020. Site: https://br.sputniknews.com/sociedade/2020090416030764-the-lancet-publica-resultados-dos-testes-clinicos-da-vacina-russa-sputnik-v/
Olhar Digital. Cientistas identificam padrões improvaveis na SPUTNIK-V. Publicado em 11 de setembro de 2020. Site: https://olhardigital.com.br/coronavirus/noticia/covid-19-cientistas-identificam-padroes-improvaveis-na-sputnik-v/106856
HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e Parte 3. Desmoronamento. companhia das Letras. 1997.
2. Sputnik 1:

Sputnik 1 é o primeiro satélite artificial lançado no espaço por humanos, pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, em 4/10/1957, para teste de comunicação por RÁDIO há uma distância de 942 km de altura, na órbita da terra. Esférico, com 84 kg, e 58cm de diâmetro, em alumínio, segundo o Dr. Aydano Carleial, eng. em eletrônica pelo ITA, pesquisador de engenharia espacial, este lançamento fez que os EUA avançassem na criação da NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço). A URSS aproveitou material da sua parte na Alemanha: exploração de minérios e fábricas metalúrgicas e investiu na sua conquista do Espaço. Segundo o mesmo autor, o avanço científico espacial foi graças a avanços da Física na Idade Moderna, das comunicações por rádio e pesquisas realizadas pelos cientistas Konstantin Tsiolkovsky, Robert Goddard e Hermann Oberth que no início do século XX avaliaram propulsão de foguetes com reação química. O contexto de construção deste satélite ocorre quando rivalidades entre a URSS e países Capitalistas se acirram, antes da construção da Muralha de Berlim, entre 1960 e 1961. O Historiador Eric Hobsbawn, em A Era dos Extremos, um dos seus trabalhos sobre o Pós-II Guerra Mundial, a Guerra Fria começa com a neocolonização dos EUA e Inglaterra sobre a Alemanha e territórios na Ásia, com forte sentimento anti-comunista, apoiado pelo Presidente Roosevelt e pelo Primeiro Ministro Churchill. Disputas armadas ocorreram mais fortemente na Ásia, com a resistência da China Revolucionária (1949) e a divisão da Coreia em Norte (apoiada pela China e URSS) e Sul (apoiada pelos capitalistas). Essas disputas políticas e territoriais levaram as potências (URSS e EUA/Inglaterra) investirem em uma corrida armamentista, por equipamentos balísticos de longo alcance, VIA RÁDIO e a corrida aeroespacial, de alguma forma, entra nesta disputa como pesquisas para ameaça e desenvolvimentos de tecnologia para uma possível III Guerra Mundial. Referências nos comentários!

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da Conquista Espacial. Parcerias Estratégicas. v. 7, 1999
HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997.
Revista Super. Corrida Espacial. Por Da Redação - Atualizado em 31 out 2016, 18h24 - Publicado em 19 fev 2011, 22h00 Leia mais em: https://super.abril.com.br/historia/corrida-espacial/
3. Sputnik 2:

Como discutido nas postagens anteriores, a Guerra Fria (1947-1991) foi marcada por disputas tecnológicas entre potências de estrutura econômica baseada no capitalismo, representada por Reino Unido e Estados Unidos da América, contra potências de estrutura econômica baseadas no socialismo, representada pela Rússia dentro da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A disputa não resultou em guerra direta entre potências, porém, haviam as ameaças, e uma corrida tecnológica e armamentista. Guerras armadas ocorreram entre Países aliados dos EUA contra aliados da URSS, como nas Coréias, mas as Potências não interviram diretamente, pois o mundo temia uma 3 ª Guerra Mundial com armas nucleares, que ambas as potências desenvolveram, com poder de destruição em massa. O motivo da Guerra Fria está ligado, como descrito nas ultimas postagens, às rivalidades entre socialistas e capitalistas vencedores da II Guerra Mundial, que entraram em disputa pelo domínio da Alemanha, derrotada, que foi ocupada dividida em duas: Ocidental (capitalista) e oriental (socialista) até 1991. Em disputa tecnológica, houve Corrida Aeroespacial, e a URSS a 1ª lançar satélite na órbita da terra para teste de comunicação via rádio, o Sputnik I (satélite 1 em russo) - 04/10/1957. Um mês depois testou a resistência do 1 º ser vivo no Espaço. Em 03/11/1957 lançou no Espaço o Sputnik-2, com a cadela Laika a bordo, sem raça definida, encontrada nas ruas de Moscou. Foi um desastre: “Laika morreu em razão do superaquecimento da cápsula que a abrigava e, a Sputnik II viajou por mais cento e sessenta e três dias em torno da Terra explodindo ao retornar à atmosfera em abril do ano seguinte” argumentam as Mestres em Direito Janine Machado e Taciana Cervi. O fato foi levado a imprensa mundial como pioneirismo político, mas enfrentou manifestações de ambientalistas, e simbolizou a defesa pelos direitos dos animais, e contra a tortura em testes científicos em vários Países do Mundo. Referências nos comentários.

Referencias:

CERVI, Taciana Damo; BERTAZO VARGAS, Janaine . Experimentação científica em animais não humanos: novos rumos para a proteção dos direitos animais. Direitos Culturais (Online), v. 1, p. 53-66, 2016.
HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997.
Revista Super. Corrida Espacial. Por Da Redação - Atualizado em 31 out 2016, 18h24 - Publicado em 19 fev 2011, 22h00 Leia mais em: https://super.abril.com.br/historia/corrida-espacial/
SIQUEIRA, L. Bring data! Corrida espacial e inteligência. Diálogos, v. 22, n. 1, p. 76 - 90, 7 jul. 2018.

4. Vostok 1:

A Guerra Fria (1947-1991) simboliza uma disputa tecnológica entre potências de estrutura econômica baseada no capitalismo (Reino Unido e Estados Unidos da América), contra estruturas econômicas baseadas no socialismo (Rússia/União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS). A disputa não resultou em guerra direta entre potências, mas haviam ameaças, e corrida tecnológica e armamentista. Havia uma corrida aeroespacial, pela criação de aeronaves mais rápidas ou capazes e suportar pressões atmosféricas, capazes de ir ao Espaço: ainda desconhecido pelo homem presencialmente, mas já conhecido através de maquinas (Sputnik-1) e com testes polêmicos em animais (Sputnik-2). O espaço, ou o cosmo é objeto de investigação, desde a antiguidade. Sociedades no mundo todo tinham as suas deduções sobre o que era o cosmo, e mitologias para descrever o que havia lá. Na tradição Grega, cosmogônica, misturavam objetos do cosmo, a deuses criadores do universo grego. Na tradição Tupi-guarani, Jaci e Tupã são a lua e força criadoras do universo. Através de dados que temos acesso, a cosmogonia foi quebrada na antiguidade a partir de estudos cosmológicos, se desenvolvendo na Filosofia, buscando a origem da matéria e do “tudo”. A ciência, vinda da filosofia, prova para a humanidade que a Terra não é plana, e não é centro do Universo. Matemáticos, Físicos, Cartógrafos... desde a antiguidade, até o Tempo Presente estão em linha de frente, em experimentos provando que a Terra não é plana. Alguns pensadores foram até assassinados por religiosos, conforme artigo de 2006 do Cel. Do Exército, Doutor em Ciências, Gerardo Saraiva. O Soviético Yuri Gagarin, primeiro homem a observar a terra, do cosmo, a bordo da Vostok-1, em disputa espacial com Estadunidenses. É atribuída a ele a frase “Realmente, ela é azul!” sobre a Terra, e confirmadas por outros cientistas presencialmente no cosmo ou por satélites no Tempo Presente. Mas mesmo assim há negacionistas à ciência e crentes da “Planitude” (VOGT,2010).

Referências:

DE PONTES SARAIVA, Gerardo José. EXPLORAÇÃO ESPACIAL: Primórdios, Evolução, Estágio Atual. Revista da Escola Superior de Guerra, v. 21, n. 46, p. 52-79, 2006.
HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997.
VOGT, Carlos. A invenção da "planitude". ComCiência, Campinas, n. 120, 2010 . Disponivel em . accedido en 04 oct. 2020
5. Tupolev TU-114 (O avião turboélice de passageiros mais rápido do mundo):

A Guerra Fria (1947-1991) que simboliza uma disputa tecnológica entre potências de estrutura econômica baseada no capitalismo (Reino Unido e Estados Unidos da América), contra estruturas econômicas baseadas no socialismo (Rússia/União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS). A disputa não resultou em guerra direta entre potências, mas haviam ameaças, e corrida tecnológica e armamentista. Para desenvolver velocidade e alcance de mísseis, a tecnologia aeroespacial desenvolveu aviões rápidos. A TUPOLEV, antiga empresa Russa, desenvolveu bombardeiros na Guerra Fria: um turboélice foi considerado o mais rápido do mundo em 1952, o TU-95, alcançava 920 Km/h. Velocidade possível devido aerodinâmica e suas 4 turbinas com hélices duplas cada, contra rotativas. Enquanto a hélice da frente joga o ar para trás, a de trás corrige o ar alinhado à estrutura do avião, corrigindo o arrasto contra o ar, evitando desperdício de energia de ar circular provocado pela primeira hélice sobre a estrutura do avião. Nikita Khrushchov assume a presidência da URSS após a morte de Josef Stálin em 1953. Em 1954 ocorreu uma das Conferência de Genebra, onde são discutidas relações internacionais entre Estados em Guerra na época, e os EUA chegaram no evento com o Super Constelation, um avião turboélice moderno que alcançava 530 km/h. Khrushchov em 1959 faz uma visita a Washington em reunião de cúpula com o Pres. Eisenhower. Exigiu que um projeto adaptado do TU-95 fosse finalizado para leva-lo até os EUA. Era o TU-114 adaptado para passageiros, alcançava 800 km/h. Ao chegar no aeroporto impressionou jornalistas pela velocidade e som supersônico das 8 hélices. Em 1961 passou a servir oficialmente para passageiros. Devido altura do avião adaptaram escadas comuns sobre as escadas de aeroporto para saída das celebridades no ocidente. Foi assim o primeiro turboélice mais rápido do mundo, e o mais barulhento também. Referencias nos comentários! 

Referencias:

Aero Por Trás da Aviação. O turboélice MAIS RÁPIDO do mundo também é o avião MAIS BARULHENTO - Tupolev Tu-114. Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=aFMeLDLpzuc 

British Pathé. Ike Meets K (1959). Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=qGfyJAvnCwI 

DOMINGOS, Charles Sidarta Machado. 50 anos da Crise dos Mísseis: horror nuclear em tempos presentes. Revista Histoiae. Rio Grande do Norte. 2013

HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997. Classic Airliners & Vintage Pop Culture. Aeroflot Tupolev Tu-114 Rossiya - "Arrival Amsterdam" – 1964. Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=o8aH9QhIkiM

6. Tupolev TU-144 “Concordisky”: primeiro supersônico comercial de passageiros:

A Guerra Fria (1947-1991) simboliza disputa tecnológica entre potências de estrutura econômica baseada no capitalismo (Reino Unido e Estados Unidos da América), contra estruturas econômicas baseadas no socialismo (Rússia/União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS). A disputa não resultou em guerra direta entre potências, mas haviam ameaças, e corrida aeroespacial tecnológica e armamentista. Para desenvolver velocidade e alcance de mísseis, a tecnologia aeroespacial desenvolveu aviões rápidos. O Presidente Nikita Khrushchov após morte de Stálin (1953), continuou mostrando soberania soviética ao ocidente, para defesa de Guerras. 26/12/1975, a Tupolev, criada por Andrei Tupolev, projetista de aviões, lançou para o mercado o TU-144, o primeiro avião supersônico de passageiros apresentado ao mundo. O projeto baseado em asa delta (TUPOLEV, et Al., 1975), iniciou produção em 31/12/1968. 01/1976, foi lançado ao mercado, o Concorde, de mesmas características, desenvolvido por associação de empresas de aviação europeia com a British Overseas Airways Corporation. Iniciou produção em 04/1965 e testado em voo em 02/03/1969. O projeto soviético foi utilizado para passageiros pela Estatal Aeroflot, com 16 produzidos. O Concorde teve 20 produzidos, operados por Air France e British Airways. Teorias nunca comprovadas acusam o soviético de espionagem industrial, pois a falta de controle de pessoal no projeto do Concorde, fez Soviéticos civis(?) trabalharam na BOAC. O 144, ou “Concordiski” apresentou falhas: o som interno era alto, e em exibição-testes na França em 1973 explodiu após apresentação do rivalizado Concorde. Teorias nunca provadas acusam de sabotagem, o tempo curto de teste e execução do projeto, e do piloto de ter feito uma curva arriscada a mando de Krushchov. Deixou de transportar passageiros em 1978, já o Concorde em 2003, após acidente fatal na França em 2000. Os bastidores da Guerra Fria têm segredos que até hoje não conhecemos. Referencias nos comentários!

Referencias:

Alonso, J. J., & Colonno, M. R. (2012). Multidisciplinary Optimization with Applications to Sonic-Boom Minimization. Annual Review of Fluid Mechanics, 44(1), 505–526.

DAHER, Elias. Suspeita de Espionagem Industrial in: DAHER, Elias. Gestão Estratégica. EDUEL, 2019.

HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997. Tupolev, Andrei Nikolaevich, et al. "Aeronave supersônica com asa delta." Patente US No. 3.900.178. 19 de agosto de 1975.

Ômega 3. Acidente do Tupolev 144 no show aéreo de Paris em 1973. Youtube. https://www.youtube.com/watch?v=7PmtDBOxWEw.

SYMONS, L. SOVIET CIVIL AIR SERVICES. Geography, vol. 58, no. 4, 1973, pp. 328–330. JSTOR, www.jstor.org/stable/40568162. Accessed 18 Oct. 2020.

7. Antonov An-225 (Avião mais pesado e com maior capacidade de cargas do mundo):

A Guerra Fria (1947-1991) simboliza disputa tecnológica entre potências de estrutura econômica baseada no capitalismo (Reino Unido e Estados Unidos da América), contra estruturas econômicas baseadas no socialismo (Rússia/União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS). A disputa não resultou em guerra direta entre potências, mas haviam ameaças, e corrida aeroespacial tecnológica e armamentista. Desta vez o pioneirismo não é russo, e sim da Ucrânia (integrou a URSS até 1991). Até os anos 1980 a URSS construiu 11 ônibus espaciais - os Buran (nevasca em Russo). Era preciso transportá-los entre as repúblicas soviéticas em testes, então era necessário um grande avião cargueiro. Desde 1977 a NASA (EUA) utilizava o maior cargueiro da época, o Boeing 747 transportando ônibus espaciais. O An-225, conhecido como Mryia (sonho em ucraniano), teve produção concluída em 1988, com um segundo parcialmente concluído. Porém, 2 anos antes, o Presidente Mikhail Gorbachev anunciou a Perestroika (um pacote de desestruturação da economia soviética com descentralização política) e a Glasnost (transparência pública política, que caracterizou na redemocratização dos países membros). Estados agora ex-membros da URSS tornaram-se independentes político-econômicos. O programa espacial soviético passou ser compartilhado internacionalmente, e houve parcerias com a NASA. Assim, a Antonov tinha o maior avião cargueiro do mundo, mas não tinha o programa espacial soviético como trabalho. A Antonov se tornou uma empresa de avião cargueira, e apenas um An-225 está em funcionamento, além de outros aviões cargueiros menores. O Mryia esteve duas vezes no Brasil, em 2010, em Cumbica (SP) transportando peça para exploração de Petróleo, e em 2016 com escala em Campinas (SP), indo para o Chile, carregando um gerador de energia Brasileiro. Durante a Pandemia do COVID-19 o avião transportou equipamentos médicos. Uma empresa chinesa está participando de um projeto para modernizá-lo. Referências nos comentários.

Referências:

HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997.

KARAS, Eduardo (Ed.). Supermáquinas: Antonov An-225, a maior aeronave do mundo. 2011. Disponível em: . Acesso em: 25 out. 2020.

KOLEK, Robert. China and Ukraine are going to build the largest plane in the world. 2016. Disponível em: . Acesso em: 25 out. 2020.

NUNES ALVES, Marcelo Romell. POTENCIALIDADES E DESAFIOS DE UM AEROPORTO PARA TRANSPORTE AÉREO DE CARGA NA MESORREGIÃO OESTE POTIGUAR. Monografia (graduação) Universidade Federal Rural do Semi-árido, Curso de Engenharia de Produção, 2019.. 63 f. : il.

8. Maior Ecranoplano já construído ou existente:

A Guerra Fria (1947-1991) simboliza disputa tecnológica entre potências de estrutura econômica baseada no capitalismo (Reino Unido e Estados Unidos da América), contra estruturas econômicas baseadas no socialismo (Rússia/União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS). A disputa não resultou em guerra direta entre potências, mas haviam ameaças, e corrida aeroespacial tecnológica e armamentista. O Ekranoplano foi tentativa da URSS de criar um aparelho bombardeiro, que se locomovia através do efeito-solo, onde o aparelho é empurrado para cima através de uma pressão de ar realizada na parte de baixo, e também propulsionado para frente. Essa tecnologia é possível para que um aparelho flutue sobre o solo, mas e sobre a água? O maior já fabricado, o KM, estreou sobre as águas no Mar Cáspio em 1966. O Ekranoplano foi criado pelo engenheiro naval soviético Alexeev Rostislav Evgenievich, com o início de projeto nos anos anos 1950-1960, entre governos dos Presidentes Malenkov e Krushchev. O aparelho utilizava o efeito solo através de seu desenho aerodinâmico, propulsionado por 8 turbinas na frente do aparelho, que jogavam o ar em direção à um par de asas no meio, fazendo o objeto flutuar quando andava para frente. Não voava como um hidroavião e nem sobre a água como um navio, e sim, gerava, como já dito, uma corrente de ar para baixo do aparelho para flutuar a 5 metros de altura. Tudo isso para alcançar velocidade para defensa de ataques marítimos de navios sobre as águas, em velocidade de 550 Km/h, e também responder contra aviões na mesma velocidade. Quando o ocidente descobriu o KM nos anos 1970, foi chamado pela imprensa de “monstro do mar Cáspio” em simbologia às lendas marítimas. O projeto foi desativado devido acidentes (Afundamento do KM), fim da URSS e ausência de estabilidade no ar e água. Sofria corrosão nas turbinas que eram trocadas constantemente. O KM foi o maior construído, e o Lun o maior ainda existente. Referências nos comentários.

Referencias:

HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997.
NATO, RTO. "Fluid Dynamics Problems of Vehicles Operating Near or in the Air-Sea Interface." RTO Applied Vehicle Technology Panel Symposium. 1998.
SPUTNIK. A União Soviética teve seus grandiosos e épicos projetos, dentre os 5 projetos mais épicos estão o Buran e o “monstro do mar Cáspio”. Matéria publicada em 28 de dezembro de 2018. Link: https://br.sputniknews.com/defesa/2018122813005413-conheca-epicos-projetos-sovieticos/

9. Tsar Bomb:

A Guerra Fria foi uma das consequências das duas Guerras Mundiais ocorridas entre 1914 e 1945. Alemanha foi o Estado Histórico e Politicamente culpado pelas Guerras Mundiais, por ter se aliado à Itália e outros reinos contra Reino Unido, Rússia (depois URSS) e EUA, em disputa por terras para neocolonias. Alemanha e Itália se tornaram Países recentes na época (Alemanha se tornou um País em 1871, e Itália em 1870) e não dominavam o colonialismo e o neocolonialismo como Estados de formações mais anteriores como Espanha (1492), Portugal (1143), França (473 d.c) e Inglaterra (927 d.c) mais tarde, Reino Unido. Os Países com formações antigas, conquistaram colônias/neocolônias nas Américas, África e Ásia, explorando terras, mercados e escravizando pessoas. Alemanha e Itália ficaram sem vantagens durante a redivisão das neocolônias na África e Ásia no Conferência de Berlim (1884-1885). Alemanha e Itália e reinos aliados investiram em corrida armamentista tomando colônias a força, uma das causas da I Guerra Mundial. A derrota de Alemanha e Itália na primeira, foi consequência revanchista para a segunda guerra. Japão, aliado da Alemanha e da Itália, mesmo após ocidentais se renderem, continuou atacando Reino Unido e EUA. Só parou quando as bombas nucleares lançadas pelo EUA - Fat Man e Litle Boy - carbonizou 230 mil pessoas, em Hiroshima e Nagasaki. A Guerra Fria, foi conflito entre vencedores da II GM: Ocidentais versus URSS, tecnologicamente e politicamente durante ocupação da Alemanha. Continuaram construindo Bombas nucleares sob ameaças de III Guerra. A maior detonada é da URSS chamada de “Tzar” (rei em russo), 3800 vezes mais forte que Fat Man e Litle Boy.
Jogada em 1961, sob ordens de Nikita Krushchev, Presidente da URSS, em Nova Zembla, território Russo, fez nuvem de 60 km de altura, realizando queimaduras de 3º grau em 100 km de distância da nuvem. Mostrou para o ocidente que é capaz de se defender de ataques. Apelidada de Bomba do Fim do Mundo. Referências nos comentários.

Referencias:

BERALDO, Rosel Antonio; SGANZERLA, Anor. Razão, Técnica E Ética: Uma Relação Conjunta Para Proteger A Vida Sob A Ótica De Hans Jonas. Revista Reflexões, Fortaleza-Ce - Ano 6, Nº 11 – Julho A Dezembro De 2017 Issn 2238-6408.

DeGroot, G. (2004). A bomba, uma vida. The RUSI Journal, 149 (3), 58–63. doi: 10.1080 / 03071840408522950 HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997.

Mundo Tentacular. Blogue. http://mundotentacular.blogspot.com/2019/07/tsar-bomba-detonacao-da-arma-mais.html Consultado em 08 de novembro de 2020. Otoni, Otoniel. Tratado De Não Proliferação De Armas Nucleares – Potencialização de Diferenças na Geopolítica Global. Monografia de conclusão do curso de Licenciatura em Geografia. Universidade de Brasília. Brasília, 2013.

10. Maiores estratégias de terra arrasada:

Fechando a série, discutiremos a estratégia Russa que obteve as maiores vitórias em dois grandes conflitos: Guerras Napoleônicas (1803-1815) e na II Guerra Mundial (1939-1945). Napoleão Bonaparte quando se autoproclamou Imperador franco (1804) conquistou territórios na Europa, dominando mercados Ingleses, isolando-a do continente, ocupando os seus aliados. O que “salvou” a Inglaterra de crise total: financiamento da vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, através de acordo, doando o seu mercado aos Ingleses (1808), salvando domínio político-econômicos. Napoleão anexou: Espanha, Dinamarca, Noruega, o Império Austríaco, Otomano e a Península Itálica entre 1804-1812. Seu exército: cerca de 612 mil homens falantes de 12 línguas (MAGNOLI, 2006). Acreditando em mito de Europa rendida, partiu em direção à Rússia. Czar Alexandre (Rússia) ordenou uma estratégia utilizada por antigos e orientais: Queimar cidades e poluir rios na rota do inimigo para matar rivais de fome e sede, no inverno, que chega à -50°. Foi a maior derrota de Napoleão, que retornou com 17 mil homens, e capturado pelos Ingleses em 1815, preso na Ilha de Santa Helena. Reinos e colônias europeias, foram restaurados e redivididos entre chefes de Estado, resultando em desavenças contra Países recém formados: Alemanha e Itália, levando à I Guerra Mundial e derrota dos dois. Adolf Hitler ascendeu a chefe de Estado alemão, e induziu o povo à revanche contra os vencedores da I Guerra: Inglaterra e EUA. Começou provocando a URSS (1933) mas os ocidentais alimentados com anticomunismo, não ligaram, até ocorrer a Invasão da Polônia, aliada inglesa (1939). A maior derrota de Hitler (05/09/1941) foi durante o inverno: direcionou parte de 1 milhão de soldados à Smolensk, quando Stálin (Líder da URSS) ordenou a tática de terra arrasada. Hitler perdeu armas e soldados em pântanos formados nessas regiões, chegou fraco em Stalingrado (Moscou) e depois derrotado (França-Berlim: 1944-1945) e suicidou-se. Referências nos comentários!

Referências:

MAGNOLI, Demétrio (org.). A História das Guerras. São Paulo: Contexto, 2006. 521p.

HOBSBAWN, Eric. A Era da Guerra Total. In HOBSBAWN, Eric. A era dos extremos: o breve século XX. 1914-1991. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. P. 29-70. HOBSBAWM, E. J. A Revolução Francesa. In HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções. 9.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. P. 71-126. HOBSBAWM, E. J. A paz. In HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções. 9.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. P. 71-126. HOBSBAWM, E. J. A Guerra. In HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções. 9.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. P. 71-126.

VIEIRA, Jadir et al. A arte da guerra: e as dez táticas mais eficazes da Antiguidade. TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. História. 2015.

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