sábado, 26 de dezembro de 2020

10 Temas que mais caem no ENEM: Climatologia

Dá o play para acompanhar a leitura dos mapas!

Climas são os conjuntos de variações do tempo (chuvoso, nublado, ventoso e ensolarado) de um espaço físico ou geográfico.



Através do conceito de massas de ar, podemos entender todas as mudanças no comportamento dos fenômenos atmosféricos, pois elas atuam sobre as temperaturas e índices pluviométricos nas várias regiões do Brasil. Existem massas de ar polares, equatoriais, oceânicas e continentais.

Existe uma certa movimentação de massas onde cada uma vai empurrando a outra, passando a ocupar o seu lugar. Toda essa dinâmica é responsável pelas alterações do tempo de uma determinada região.

Quando duas massas de ar se encontram temos o que chamamos de frente.

No território brasileiro ocorrem as seguintes massas de ar:



MASSA EQUATORIAL ATLÂNTICA (mEa): quente e úmida
MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL (mEc): quente e muito úmida
MASSA TROPICAL ATLÂNTICA (mTa): quente e úmida
MASSA TROPICAL CONTINENTAL (mTc): quente e seca
MASSA POLAR ATLÂNTICA (mPa): fria e úmida



 

OS CLIMAS DO BRASIL

 


Clima Equatorial (úmido e semi-úmido): quente e úmido

- pouca variação de temperatura durante o ano
- compreende a Amazônia brasileira
- é um clima dominado pela mEc em quase toda sua extensão e durante todo o ano. Na parte litorânea da Amazônia existe um pouco de influência da mEa, e algumas vezes, durante o inverno a frente fria atinge o sul e o sudoeste dessa região, ocasionando uma queda da temperatura chamada friagem

Clima Litorâneo Úmido
- influenciado pela mTa
- compreende as proximidades do litoral desde o Rio Grande do Norte até a parte setentrional do estado de São Paulo.

Clima Tropical (alternadamente úmido e seco)
- é o clima predominante na maior parte do 
Brasil
- é um clima quente e semi-úmido com uma estação chuvosa (verão) e outra seca ( inverno)

Clima Semi-Árido
- sertão do nordeste
- clima quente mais próximo do árido
- as chuvas não são regulares e são mal distribuídas

Clima Subtropical
- abrange a porção do território brasileiro ao sul do Trópico de Capricórnio.
- Predomina a mTa, provocando chuvas abundantes, principalmente no verão. No inverno há o predomínio das chuvas frontais
- Apesar de chover o ano todo, há uma maior concentração no verão

 

Mapas Mentais: Elaboração própria.

Referências: Infoescola. Infoescola.com/Geografia.

domingo, 20 de dezembro de 2020

10 Temas que Mais Caem no ENEM: Segundo Reinado

1. Antecedentes

D. Pedro I decidiu ir a Portugal para defender  a sua descendência, já que com a morte de seu pai, D.João VI, quem herdaria o reino seria ele próprio. Entrou em briga contra o seu irmão mais novo, Miguel que tinha se autoproclamado Rei de Portugal.

Pedro deixou no Rio de Janeiro o seu filho, Pedro de Alcântara, aos cuidados do abolicionista José Bonifácio em 1831. Pela constituição na época, em caso de vacância de Rei ou Rainha e menoridade do príncipe herdeiro, seria organizada uma regência com 3 líderes votados pelo legislativo.

Liberais em vários lugares do Brasil viram oportunidade de rompimento com regime monárquico, e organizaram revoltas pela emancipação de estados, como argumento principal, a diminuição/isenção de impostos (Farroupilha, 1835-45) e reformas abolicionistas (Malês, 1835; Cabanagem, 1835-40; Sabinada 1837-38; Balaiada 1838-41).

As revoltas desestabilizaram a União das províncias/Estados à Regência/Império, e como parte de ações para centralizar o País, um Golpe de Maioridade, embasado em projeto de lei organizado pelos Monarquistas dos grupos liberais e restauradores, que deu a D. Pedro o direito de governar aos 14 anos de idade. Maçom, tinha afastamento com a igreja católica, teve desavenças devido limitação de poder contra o clero. A Inglaterra, sua devedora desde a Independência, cobrava por ações abolicionistas, para aumento de demanda de mercado.

2. O Café e a Revolução Industrial tardia

O Café crescia como principal economia no Brasil, implantado pela primeira vez no Pará, por Francisco de Melo Palheta, se espalhando pelo vale do Paraíba durante os séculos XVII-XVIII, com devastação de florestas tropicais e poluição do ar pelas queimadas.

Com tributos sobre o café, e incentivos da Tarifa Alves Branco que deixou mais caro o produto importado, criou-se um projeto industrial no Brasil liderado pelo Barão de Mauá (1846-1860), construiu-se ferrovias, hidroeletricidade e convidou industrias multinacionais para cá, até as empresas de Mauá serem sabotadas com um incêndio, em Niterói (1857).

A Era Mauá, é considerada no Brasil uma revolução Industrial tardia, devido ter sido um período de grande incentivo industrial, longe do que foi o processo de Industrialização na Europa entre os séculos XVII-XVIII.

3. Crise na américa latina

D. Pedro II envolveu o Brasil em tensões internacionais, como a Guerra do Paraguai (1864-1860) onde em tríplice aliança com Argentina e Uruguai, devastou cidades Paraguaias, pela morte de Solano López, presidente paraguaio, que desejava privilégios de navegação nos rios entre as fronteiras.

Concedeu títulos de Coronéis à Ruralistas que levassem guardas para lutarem na Guerra, sob promessas de vantagens econômicas e cartas de alforrias a homens negros que fossem para a Guerra. A alforria foi dada, mas não houve vantagens econômicas aos ruralistas.

4. Crises com Ingleses e o Abolicionismo

Foi envolvido em crises com a Inglesa Rainha Victória, devido a falta de compromisso com um projeto abolicionista, e a criação da Tarifa Alves Branco (1844), e o afundamento de um navio inglês na costa do sul (1862) que teve seus tripulantes presos.

A Inglaterra criou a Lei Bill Aberdeen (1845) que dava ordem à marinha inglesa de sabotar navios vindos com pessoas escravizadas da África, para pressionar aprovação de leis abolicionistas brasileiras, e também como resposta a Tarifa Alves Branco (1844) que deixava os produtos ingleses mais caros.

A crise do navio afundado foi intermediada pelo Embaixador Willian Christie, que acusou D. Pedro II de negligência com o caso. O caso foi resolvido com um pedido de desculpas formal pela Rainha.

Leis abolicionistas foram aprovadas (1850-1888) por pressão de movimentos negros na época, com liberais, abolicionistas, e exigências Inglesas. Pessoas Negras tinham destaque na política, como André Rebouças, que foi um engenheiro e político e abolicionista na época.

5. Oportunismo dos Agroempresários sobre Imigrantes Europeus

No exterior ocorriam Guerras de Unificação Alemã e Itálica, durante o final do século XIX. Empresários e ruralistas brasileiros, viram com oportunismo o estado de pobreza dos imigrantes, devido as aprovações de leis abolicionistas, e assim fretaram navios para trazerem europeus pobres para o Brasil, para trabalharem sem direitos em suas terras e indústrias.

Sintetizando

O Segundo Reinado foi palco de diversas crises nacionais e internacionais. A Guerra do Paraguai (1860) teve como resultados o retorno de guardas que ficaram sem apoio do Estado, e de Coronéis que perderam seus escravizados, que eram os seus bens.

Uma Lei de Terras tinha sido criada em 1850, mas privilegiou apenas quem já tinha bens e terras, ou seja, pessoas pobres sem bens não tinham direitos para ocupar terras, muito menos, quem era descendente de ex-escravizados da África, pobres. Quem veio alforriado e pobre da Guerra do Paraguai, não tinha bens e mercado de trabalho garantidos pelo governo.

Ou seja, ruralistas e o exercito já não eram muito contentes com o desfecho político da Guerra e sobre as distribuição dos privilégios e bens.

Leis abolicionistas eram objeto de pressão dos Ingleses, que acreditavam que, se os escravizados se tornassem trabalhadores livres, participariam mais do mercado, e assim, comprariam os seus produtos importados desde o acordo de abertura dos portos às nações amigas em 1808.

Como as leis abolicionistas aprovadas ( Eusébio de Queirós, Ventre Livre, Sexagenários e Áurea; 1850-1888), após pressão de grupos políticos negros, liberais, abolicionistas e representantes da Inglaterra, os representantes e donos agroindustriais miraram em outra forma de gerar trabalho com mão de obra barata, que foi explorando agora, imigrantes europeus. A Europa estava em crise com as guerras de unificação alemã e itálica no fim do século XIX, e muitas pessoas lá estavam na linha da pobreza. Os agroindustriais fretaram navios para trazerem essas pessoas para trabalharem no Brasil de forma sucateada.

A pressão Inglesa pela abolição tem como estopim a criação da Tarifa Alves Branco (1844) que deixou produtos ingleses mais caros. Como resposta a Rainha Victória aprovou a criação da Lei Bill Aberdeen (1845) que intervinha sobre navios com pessoas escravizadas da África. Essa lei, pressionou a criação da brasileira Eusébio de Queirós (1850) que deu fim no tráfico de pessoas escravizadas da África.

Um navio inglês afundou na costa do sul do Brasil (1862) e o embaixador acusou o Brasil de negligência, e depois a Rainha Victória perdoou o governo Brasileiro.

O Café era lucrativo desde o século XVIII, e isso incentivou uma Revolução Industrial Tardia no Brasil, impulsionada pelas visões do Barão de Mauá. Tivemos avanços com a hidreletricidade e ferrovias, mas ruralistas temiam o cenário externo do café com as guerras na Europa e os projetos abolicionistas. Mauá teve suas empresas sabotadas e entrou em falência.

A Igreja Católica exigia o cumprimento da constituição de 1822 que lhe dava poderes, mas D. Pedro II era maçom, e a Maçonaria era anti-clériga. D. Pedro II chegou mandar prender bispos revoltados, e depois, perdoou a igreja.

Assim, somou a desavença com ruralistas e ex-integrantes e integrantes do exército ao conflito com a Igreja e os principais ruralistas e empresários brasileiros, que eram maçons.

O Golpe de 15 de novembro de 1889, ou a Proclamação da República, ilustrou o descontentamento do exército, de ruralistas, empresários e da igreja que disputavam poderes e bens durante o reinado de Pedro II. Fora os mais pobres descendentes de negros, que foram excluídos de projetos sociais nunca aprovados pelo sistema monárquico com parlamentarismo "às avessas", já que o parlamento não tinha representação democrática.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

10 temas que mais caem no ENEM de Ciências Humanas: Cidadania

Dá o play!!

 



Dá o play!!


Cidadania no dicionário é descrita como “condição de pessoa que, como membro de um Estado, se acha no gozo de direitos que lhe permitem participar da vida política”.

As pessoas, habitantes de um território, Estado ou País são integradas aos seus direitos exercendo a cidadania.

Existem historicamente vários códigos, ou conjuntos de leis que integram as pessoas aos direitos ofertados pelo Estado.

O Código Hamurabi, A Magna Carta Inglesa e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão na Revolução Francesa, são exemplos no passado de conjuntos de leis criadas através de manifestos da população, que partiam de demandas sociais ou pessoais. Porém, estes conjuntos de leis historicamente reproduziam desigualdades, já que grupos da sociedade não eram atendidos pelo Estado, seja por questões machistas de época ou escravocratas: Mulheres e escravos não tinham direitos iguais aos dos homens livres e com posses.

Existe a cidadania formal, que é aquela apresentada nos textos gerados pelo Estado, e a cidadania real, que significa a prática destes textos no nosso dia a dia.

Após as Guerras entre os séculos XIX e XX (Invasões Napoleônicas, e as Guerras Mundiais) questionou-se o alcance destes direitos. Dados estatísticos mostram também que existe exclusão ou segregação social em vários lugares do mundo, levando em consideração o racismo.

A ONU (Organizações das Nações Unidas) na tentativa de selar projetos que promovam a equidade social pelo mundo, criou a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) e sinalizaram que os Estados Modernos deveriam questionar quais são os direitos básicos das populações, expressos de forma política, com manifestações, eleições e acolhimento dessas demandas.

Assim, os Direitos Civis, poderiam garantir maior liberdade de expressão das pessoas, dando direitos de escolhas políticas, Direito Politico de participação política de diversas formas pelas populações, e Direitos Sociais, com acesso a saúde, educação e transportes de qualidade.

domingo, 6 de dezembro de 2020

10 Temas que mais caem no ENEM: Aristóteles e Escolas Helenísticas

 



Todos os conhecimentos Aristolélicos (384-322ac) antes das Guerras de Expansão no entorno do mar mediterrâneo promovidas por grandes Imperadores Romanos, como Alexandre, O Grande (356-323 ac), eram utilizados para refletir sobre o cidadão grego nas Pólis Independentes.

 

O Cidadão ideal Grego era aquele que sabia controlar as suas virtudes para o bem, desconsiderando vícios e excessos. O equilíbrio era crucial para enfrentar as diferenças.

 

O que unia as Polis era a língua grega, e com as guerras e expansões romanas, outras línguas e culturas passaram a integrar o espaço romano, como os persas e egípcios, o que mudou o mundo ocidental na época, que antes convivia apenas entre falantes do grego.

 

Observando por Aristóteles, a essência do “ser grego” pode ser consequência de uma manifestação dos Gregos sobre outras culturas, ou seja, a partir dessa leitura de Aristóteles, passa-se a acreditar que a cultura grega é superior e podia ser “globalizada” naquele momento, como causa final de uma manifestação dos Gregos sobre outras culturas, para que ela resista e sobreviva.

 

As escolas Helenísticas que vão surgir desde a ascensão de Alexandre (356-323 ac) que foi aluno de Aristóteles (384-322ac) e vão trazer novos pensamentos para esse novo modelo de mundo ocidental, que agora se sobrepõe aos orientais por todo o mar mediterrâneo.  

 

A escola epicurista (324-271ac) trabalha que o sujeito deve ser movido pelos prazeres para os objetivos que ele quer alcançar.

 

A escola Ceticista conhecida por Pierro de Elis (365-275ac) ensina que todo caminho é incerto, mas mesmo assim devemos aceitar os destinos.

 

A escola estóica, conhecida por Zenão de Cício (334-262ac) mostra que o homem precisa conhecer a sua realidade para tornar-se feliz nos seus objetivos.

 

A escola cínica conhecida por Diógenes de Sinope (404-203ac) ensina que é possível viver contra os padrões impostos socialmente.


Educação ambiental com metodologias ativas, e produção textual com crianças. (Texto publicado originalmente no akairoscurso.blogspot.com)

(Texto publicado originalmente no akairoscurso.blogspot.com)   Por: Fabiano Cabral de Lima. Professor, Historiador e Mestre em Educação pela...