terça-feira, 31 de março de 2020

#FoiGolpe: Uma síntese de golpes políticos em que o Poder Executivo brasileiro foi protagonista.

Hoje faz 56 anos em que o Presidente João Goulart sofreu um golpe político que o depôs em 1964.
Eu editei este áudio fazendo uma síntese de Golpes Políticos aonde o Executivo Brasileiro foi o protagonista desde a Monarquia!

quinta-feira, 19 de março de 2020

terça-feira, 3 de março de 2020

Unidas pela Mary Stuart? As descendências comuns entre Maria Antonieta, Carlota Joaquina, Leopoldina e Elizabeth II.



A Rainha consorte Carlota Joaquina e a Imperatriz Leopoldina têm uma ligação que vai além de serem sogra e nora. Ambas as duas são descendentes de Mary Stuart, e logo, Mary Stuart era bisneta de Isabel de Iork, que foi Rainha Consorte da Inglaterra e avó de Elizabeth I, ultima rainha da família que tinha o sobrenome “Tudor” na Inglaterra.
Agora como é a descendência de Mary Stuart com Carlota e Leopoldina?


Leopoldina era sobrinha-neta de Maria Antonieta, que foi rainha consorte da França. Maria Antonieta era sexta-neta ou “hexaneta” de Mary Stuart da Escócia, como chamamos os dois graus acima de tataravó (ou tetravó). Já a Carlota Joaquina era octa-neta de Mary Stuart.
Talvez a falta de conhecimento, tecnologia e estudos sobre saúde e genética no passado explique porque os casamentos entre familiares sempre gerou problemas de descendência,
como problemas genéticos que Henrique VIII possuía, recente descobertos, e nascimento de crianças que tinham baixa imunidade ou problemas de desenvolvimento para adultas.
Enquanto no passado acreditava-se que casar os filhos entre familiares próximos “mantinha o sangue de família limpo”, eles não sabiam que a tendência era agrupar todos os problemas de doenças genéticas e hereditárias.

Naqueles tempos de época moderna e início da contemporânea, era o apropriameto bíblico quem interpretava como pecado casamentos com parentes mais próximos do que primos.
Bônus: A atual rainha da Inglaterra, Elizabeth II é descendente também de Mary Stuart, que é a sua “doze-avó”. Mary Stuart foi a parente mais próxima, ou como já referenciamos, prima de Elizabeth I, viva na época. Ambas compartilharam a herança ao filho de Mary Stuart, Jaime I, único herdeiro próximo comum, que herdou a Inglaterra e a Escócia. Ele é “onze-avô” de Elizabeth II.


Atividade para sala de aula:


Eu pedi para alunos no oitavo ano, bimestre passado a realização de uma pesquisa.

Eu pedi que eles expandissem as árvores genealógicas como a da imagem abaixo da Familia Tudor, da Inglaterra, até chegar na França ou no Brasil.




Imagem: Arvore Genealógica Tudor. Elaboração própria.



Os estudantes, a partir de consultas a internet, procuraram descendentes comuns, a partir de filhos e primos, entre os Tudors, os Bourbon e os Bragança!

Acabaram descobrindo como as familias reais da modernidade, tinham relações genéticas com outras em vários lugares da Europa, como está na minha postagem do Instagram: Trabalho com Árvore Genealógica.


Entenderam que a família Stuart (Inglesa) e Bourbon (Francesa) tem ligação com os Bragança (Portugueses), pela descendência de Carlota Joaquina e de D. João VI.


Referências:

AZEVEDO, F. L. N.. Carlota joaquina, a herdeira do império espanhol na América.. Estudos Históricos (Rio de Janeiro), Rio de Janeiro, v. 10, n.20, p. 251-274, 1997.
Bíblia Sagrada. Levítico. Capítulo 1. versículos de 1 a 16.

CONCEIÇÃO, D. S., PAPALI, M.A. Imperatriz Leopoldina e a sua influência no Processo de Independência do Brasil. XIII Encontro Latino de Pós Graduaçao. Universidade do Vale do Paraíba. 2012.

FRASER, Antonia. As Seis  Mulheres de Henrique VIII. Tradução de Luiz Carlos Do Nascimento E Silva. 2ª edição. Rio de Janeiro: BestBolso, 2010.

FROUDE, J. A. The Reign of Mary Tudor. Blackmask Online. Blackmask.com. 2007.
HAAG, Carlos. A Mulher que amamos odiar. Revista Pesquisa Fapesp. https://revistapesquisa.fapesp.br/2004/02/01/a-mulher-que-amamos-odiar/ . Edição 96. Fevereiro de 2004.

PRIORE, Mary del. A Carne e o Sangue; A Imperatriz D. Leopoldina D. Pedro I, e Domitila a Marquesa De Santos. Rio de Janeiro. Editora Rocco. 2012.
RAMOS, J. F.. A Obrigação de gerar herdeiros e a infertilidade das rainhas na longa duração do imaginário popular ocidental: os exemplos do rei Arthur e de Henrique VIII. Cadernos de Clio, v. 5, p. 97-112, 2014.

RIBADENEIRA, Pedro de. História Eclesiástica del cisma de Inglaterra. Edición Digital (E-Pub). 2018. [Original: 1594]

SILVEIRA, J. R. F.. A Inglaterra Elisabetana E Os Conflitos Pelo Poder. Aurora (PUCSP. Online), v. 6, p. 9, 2013.

SILVEIRA, J. R. F.; BARBOSA, J.G. . A Guerra dos Tronos: Elisabeth e Mary Stuart. Revista Sem Aspas, v. 2, p. 197-208, 2013.

TAPIOCA NETO, R. D. Próximas Até no Infortúnio: o parentesco entre Mary Stuart, Maria Antonieta e Dona Leopoldina in. Rainhas Trágicas. Site: https://rainhastragicas.com/2015/05/22/o-parentesco-entre-mary-stuart-maria-antonieta-de-dona-leopoldina/. Acesso em 13 de agosto de 2019.

TAPIOCA NETO, R. D. Parentesco entre Elizabeth I e Elizabeth II da Inglaterra. In Rainhas Trágicas. Site: https://rainhastragicas.com/2019/03/17/o-parentesco-entre-elizabeth-i-e-elizabeth-ii-da-inglaterra/. Acesso em 13 de agosto de 2019.

Tudor Brasil. A família imperial brasileira e a sua descebndência Tudor. https://tudorbrasil.com/2015/01/04/a-familia-real-brasile

É possível aprender História jogando Pokemon Go e Ingress!

Imagem: Pokemon Go, Niantic. 2020.


Desde 2016 eu e o meu amigo Professor Felipe Figueiredo, acompanhamos a febre dos jogos de realidade aumentada, como o Pokemon Go e o Ingress.
Estes games são desenvolvidos pela Niantic, uma empresa japonesa que se especializou em aplicativos de realidade aumentada, e hoje tem em sua plataforma três jogos: Ingress, Pokemon Go e Harry Potter Go.

Imagem: Ingress. Niantic. 2020.


Neste artigo, eu e o meu amigo Felipe exploramos como professores as formas que podemos nos apropriar desses games de realidade aumentada para ensinar História, e também para usos da educação patrimonial.

Espaços públicos e monumentos no Ingress e no Pokemon Go. Fonte: LIMA e LEITÃO (2019)


A Niantic e os usuários dos games captam com as câmeras dos celulares, pontos de referencias como museus, igrejas, praças e parques... esculturas e estátuas, para que se tornem portais do jogo Ingress ou Pokeparas e Ginásios no Pokemon Go.
Como são espaços que carregam a História nas suas descrições, elaboramos uma proposta de trabalho com educação patrimonial e ensino de História utilizando estes games de realidade aumentada. Ah, para visitar esses espaços com esses games é necessário cuidado, ficar atento a segurança dos espaços e também se preparar para caminhar e para se sentir saudável e fazer também amigos e companheiros de jogos.

Aqui abaixo o link para acessar  o trabalho!

LIMA, F. C.; Leitão, Luiz Felipe Figueiredo . REALIDADE AUMENTADA: POKÉMON GO E O INGRESS EM PROPOSTA-AÇÃO NA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E HISTÓRICA. EDUCAÇÃO BÁSICA REVISTA, v. 5, p. 117-132, 2019.

História Ambiental no Ensino de História

 

Nesta postagem estou indicando/sugerindo abordagens e bibliografias para discutir educação ambiental em sala de aula, em aulas de História.



Conquistas: Houve exploração europeia do Pau Brasil, do cultivo da cana de açúcar e a escravidão indígena. O professor historiador pode debater com os alunos a situação indígena e demarcação de terras e interesses do agronegócio sobre terras de floresta, que perdura até a atualidade (Documentário Guerras do Brasil.Doc). O Historiador Thiago Alves Dias de 2018, apresenta inclusive gráficos sobre a época colonial da exploração do pau Brasil. 



Revolução Industrial: A poluição gerada pelas duas primeiras revoluções industriais. A
utilização de combustíveis fósseis agravou a situação ambiental do planeta, demandando políticas públicas, conforme pesquisa de POTT & ESTRELLA (2017).

Brasil Império: o início da economia do café, quando florestas de mata atlântica foram desmatadas para favorecimento da monocultura como aborda o Historiador Warren Dean, fazendo uma fumaça preta tomar conta de lugares do Rio de Janeiro.

Brasil pós-Império: No Rio de Janeiro há um problema histórico na Baia de Guanabara, relativo a aterros e poluição: construção de lixões e indústrias químicas em seu entorno causando acidentes tornando praias impróprias para banho. Reformas de Pereira Passos no início do séc. XIX assorearam a baía, e a criação da Petrobrás em 1950 gerou acidentes que poluíram as águas e desmatamento de ilhas, como a Ilha D’Água abordada no trabalho de COSTA et al (2016), que apresenta uma proposta de trabalho com linhas do tempo digitais.


Bibliografia (disponível online):

COSTA, M. A. F. et al. Excogitando a proposta de linha do tempo interativa no ensino de
história: o caso da ilha d'agua e seus diálogos com as histórias ambiental, patrimonial e local.
Revista Poder & Cultura, v. 3, p. 268-292, 2016.

DEAN, W. O café desaloja a floresta. In: A Ferro e Fogo: a história da devastação da Mata.
Atlântica brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

DIAS, T. A. O negócio do pau-brasil, a sociedade mercantil Purry, Mellish and Devisme e o
mercado global de corantes: escalas mercantis, instituições e agentes ultramarinos no século
XVIII. REVISTA DE HISTÓRIA, v. s/v, p. 01-39, 2018. “Guerras da Conquista”. In Guerras do Brasil.doc. Direção e Roteiro: Luiz Bolognesi Buriti Filmes/EBC/TVBrasil. Netflix. 2019.

POTT, CRISLA MACIEL; ESTRELA, CARINA COSTA . Histórico ambiental: desastres ambientais e o
despertar de um novo pensamento. Estudos Avançados, v. 31, p. 271-283, 2017


O que é o SAEB? - Sistema de Avaliação da Educação Básica.


Neste vídeo eu faço um recorte sobre a minha monografia de conclusão do curso de História, que foi sobre as avaliações em larga escala, e explico como funciona o SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica)
Muita gente tem dúvidas sobre o que elas são, e como é possível fazer usos dessas políticas.
Há quem critique as politicas de avaliação com o argumento de que "são políticas neoliberais", porém, temos que refletir que ter uma ferramenta para avaliar políticas do próprio governo é uma forma de ter transparência sobre os incentivos financeiros com a educação básica que vem de governos.
É certo que os Estados pioneiros em adotarem essas políticas são Inglaterra, Estados Unidos da América  e Chile, porém, cada País que adota um programa que avalie políticas educacionais, faz da sua forma, e "a sua parte", indiferente da linha política que este Estado segue.
Até aonde eu pesquisei, há um consenso entre cientistas da área de educação sobre haver uma política que avalie a educação básica, como por exemplo Nigel Brooke, professor da UFMG e Luis Carlos Freitas, professor da Unicamp.
A única discordância é o modelo de avaliação, quando ele carrega dentro dele, um sistema que gera uma responsabilização sobre escolas e professores, que é a crítica de Freitas. Autores escrevem que existem diferentes sistemas de responsabilização, como Nigel Brooke (UFMG), Alicia Bonamino (PUC-Rio) e Sandra Zákia Sousa (USP) e o mais crítico é o que premia escolas e funcionários pelo desempenho, que é a crítica de Freitas. Alguns cientistas da educação argumentam que avaliação de "terceira geração" (Bonamino) ou a que premia escolas e funcionários, gera uma desigualdade, já que estudos científicos como os de Márcio da Costa, professor da UFRJ, mostram que é mais fácil uma escola pública localizada em um bairro "rico" seja premiada pelo desempenho, do que a escola que fica localizada em área de favela, que sofre com a violência como rotina. Estudos, como os de Eduardo Ribeiro, professor da UERJ, mostram ainda que as escolas de favela tendem a sofrer consequências no fluxo de alunos e de funcionários.
O SAEB não é um sistema que premia escolas por desempenho, mas os seus dados são abertos para que gestores, professores e o público façam vários usos. Um dos usos mais conhecidos é o feito pela imprensa, que cria rankings sobre Municipios, Estados e Escolas.






Educação ambiental com metodologias ativas, e produção textual com crianças. (Texto publicado originalmente no akairoscurso.blogspot.com)

(Texto publicado originalmente no akairoscurso.blogspot.com)   Por: Fabiano Cabral de Lima. Professor, Historiador e Mestre em Educação pela...