domingo, 29 de novembro de 2020

10 Temais que mais caem no ENEM: Meio Ambiente e Sustentabilidade



Meio Ambiente e Sustentabilidade + cai no ENEM de Geografia.

 

Escute o podcast!


 

Debates sobre sustentabilidade são preocupação política após 1960, quando publicado o livro Primavera Silenciosa da ambientalista Rachel Carson. A autora denuncia riscos de agrotóxicos para o meio ambiente.

 

O uso agrotóxico em larga escala tem origem nas Revoluções Industriais (Sec. XVIII-XX), na produção em larga escala para consumo da população, principalmente de produtos agrários.

 

Nas 2 primeiras revoluções industriais, a exploração de combustíveis fósseis teve uso efetivo para produção rápida. As máquinas produziam monóxido de carbono, deixando cidades como Londres embaixo de uma névoa escura. Quanto maior era a produção, maior era a poluição dos ares, fora a produção de lixo industrial, que cada vez mais esgota aterros sanitário no mundo inteiro.

 

O petróleo que refinado se torna combustível, se torna também base para produtos, pois o plástico, seu derivado, passa a ser consumível.

 

O plástico ocupa cada vez mais terrenos e também os mares e rios, pois é resistente aos microrganismos decompositores. E rios também se tornam cada vez mais esgotados, com o uso sem controle da água potável. Buraco na camada de ozônio é descoberto, como causa de gazes nocivos, que causam o efeito estufa e o aquecimento Global.

 

A partir dos anos 1970 até atualmente são realizados encontros de Estado por acordos políticos ambientais e sustentáveis. Políticos e cientistas criticam ausências de políticas sustentáveis. Encontros incentivam a reciclagem de materiais como o plástico e metais. Incentivam uso de combustíveis não poluentes como a energia eólica e solar. Controlar desmatamentos e poluição (ar, águas e solos) são demandas de pesquisas sobre doenças virais e bactericidas surgidas no século XX. A extinção de seres devido poluição e desmatamento é questionada também.

 

Energia aparentemente limpa, a nuclear, é posta em dúvida após acidentes como em Chernobyl (1986) e Fukushima (2011) que dizimaram cidades.


 

domingo, 22 de novembro de 2020

10 Temais que mais caem no ENEM: II Guerra Mundial

 



Faltam 10 semanas para o #ENEM.

Nos domingos até 17/01/2021 postaremos temas que + caíram em Ciências Humanas e suas Tecnologias.

Colocaremos causas, desenvolvimento e consequências + áudio + mapa mental!

(acessar fabistoria.blogspot.com ou anchor.fm/fabistoria).


Dá o play:

 

II Guerra Mundial:


Antecedentes:

 

 - Derrota alemã na Primeira Guerra Mundial;

- Revanchismo Alemão: Crise financeira e sentimento de vingança acendido por Hitler; contra URSS, Reino Unido e EUA;

- Provocações orais contra a URSS;

- Invasão da Polônia (01/09/1939);

- Aliança militar com Itália e Japão;

- O Partido Nazista de Hitler aprova leis de supremacia branca Ariana (tribos originarias do germânicas) - antissemita, racista anti-ciganos, e homofóbica.

Isso vai resultar no chamado:

H O L O C A U S T O.

 

Formação de Alianças:

 

Eixo: Alemanha; Itália; Japão

 

X

 

Aliados: Reino Unido; França (1939); URSS (1941); EUA (1941)

 

Inicio da Guerra!

 

1ª FASE (1939-41):

- Formação de alianças

- Invasão da Polônia e França

(expansionismo alemão - 1939-40)


2ª FASE (1941-43)

- Japão ataca Pearl Harbor (Havaí/EUA) (07/12/1941)

 

- Operação Barbarrosa - 22/06/41 Alemanha desfaz acordo de não agressão

e ataca a URSS;

 

- Com os ataques, URSS e EUA entram na Guerra!

- EUA leva junto américa latina através da política da boa vizinhança.

 

- 1ª Derrota da Alemanha: Batalha em Stalingrado (1942-43): Inverno Russo + Tática de Terra Arrasada contra os Nazistas.

 

3ª fase (1943-45):

- Itália se rende aos antifascistas – Mussolini é morto (03/09/43)

- Dia D: Retomada  da França pelos Aliados (06/03/44)

- O mundo descobre o Holocausto Nazista:  Soviéticos tomam a  Polônia (27/01/45)

- Suicidio de Hitler e Rendição Alemã (30/04-08/05/1945)


- EUA joga bombas atômicas no Japão (08/1945) - Se rendem.


Consequências:

- Criação da ONU: Organização das Nações Unidas

- Alemanha é dividida entre Soviéticos, Britânicos e Franceses - e início da Guerra Fria.

- Criação do Estado de Israel para abrigar Judeus sem pátria.

- 55 Milhões de mortos.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Por um mundo antirracista (Baseado em 4 postagens do Instagram re-editadas e exclusiva deste blog).

Esta postagem é baseada em três postagens que eu realizei originalmente no Instagram:

- 1. Jesus Histórico (https://www.instagram.com/p/BuulZmRnOYK/);

- 2. O processo de abolição da escravidão no Brasil teve o negro como protagonista (https://www.instagram.com/p/Bv0yuHwn50n/); 

- 3. Foi Golpe: Proclamação da República (https://www.instagram.com/p/Bw6Tq9zHjiw/). 

- 4.  A revolução dos cravos não teve Portugal como Protagonista (https://www.instagram.com/p/Btt_zGqHrjE/).

A partir destas postagens, buscamos a importância dos movimentos negros para diferentes situações políticas, desde o reconhecimento da representatividade religiosa, política e de demandas sociais dos mesmos.

Discutiremos então, a luta pela descolonização na África, Oriente Médio e no Brasil e suas implicações políticas de científicas sociais. Entendemos que é um texto aberto a muitas reflexões, e que segue uma linha teórica discutindo o antirracismo baseado em 4 discussões abertas anteriormente no Instagram.


Representatividade Negra no Mundo oriental e ocidental


Jesus Histórico: Esta postagem teve 46 curtidas e 39 comentários.

Nós Historiadores realizamos investigações em documentos, como uma das possibilidades de obter material empírico para pesquisa histórica. Documentos antigos, em grande quantidade, relatam a existência de um homem que modificou um pensamento no passado.

O Historiador e Professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro André Chevitarese debateu em entrevista sobre as evidências que tornam Jesus Cristo um personagem Histórico:

"(...)A evidência mais segura que nós temos é de natureza teórica e metodológica, pois, quando se pensa em figuras históricas do passado, nós lançamos mão da metodologia da múltipla confirmação, isto é, quando diferentes autores que nunca se viram, nunca se leram, são capazes de afirmar coisas, falar coisas, citar palavras textuais de uma terceira, a probabilidade de esta terceira pessoa ter existido é muito grande. Então, o critério maior que aplicamos é cotejar documentos diferentes, de autores diferentes, de épocas diferentes, que nunca se conheceram, nem nunca se leram, mas que são capazes de falar coisas idênticas sobre essa terceira pessoa. Esse é o caso, por exemplo, de Paulo, de Marcos e de João. Estes são três autores que nunca se leram, que nunca se viram, que nunca se encontraram, mas que falam coisas sobre Jesus, citam palavras advindas de Jesus que coincidem em tudo. Então, nós podemos, do ponto de vista teórico e metodológico, dizer que Jesus existiu. Fora isso nós temos também todo o ambiente histórico e arqueológico de lugares nos quais se afirma Jesus ter passado, de ter, em algum momento da sua vida, de seu ministério, estado ali. Esses lugares se coadunam com o que a nossa documentação do século I afirma. Como evidências para o caso de Jesus não faltam, podemos dizer que ele é uma personagem histórica." CHEVITARESE, 2013.

Ou seja, o que torna Jesus Cristo um personagem investigado pela História, são as suas evidências em material escrito. E esse material do século I, é o que estudamos para questionar e tencionar quem é este personagem.

A Bíblia é um livro com diversas traduções ao longo de séculos, e sofreu edições do original. E no evangelho que temos acesso, não existe descrição física do personagem. Porque ele não seria com as características do homem que habitava o oriente médio na época?

Porém, nos questionamos sobre a perseguição e demonização histórica de religiões de matrizes africanas, em paralelo à Igreja Católica, e os cristãos europeus representa-lo como Branco.


Lutas de independência dos Negros contra a Europa Branca


Revolução dos Cravos não teve Portugal como Protagonista: Postagem teve 77 curtidas e 25 comentários.



A Revolução dos Cravos, evento que ocorreu em Portugal que depôs o Estado Novo e a ditadura de Salazar. Civis saíram nas ruas entregando Cravos vermelhos contra a ditadura (?).

Nós procuramos fontes, e trouxemos uma proposta para trabalhar com esse tema. Portugal ainda nos anos 1970 tinha colônias em Moçambique, Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde. Esses estados construíram ao longo do tempo, nacionalismos próprios e também reforçaram a resistência de suas culturas.

Nos anos 1970 entraram em Guerra (descolonização) contra o Estado português, e declararam as suas independências, e como consequência, Portugal investiu em Guerra, mesmo com crises mundiais acontecendo, como a do Petróleo e a instabilidade entre a URSS e países aliados de EUA e Reino Unido (Guerra Fria).

Os tratados de independência foram aceitos ao longo dos anos 1970, e assim, Guiné Bissau, Angola, Moçambique e Cabo Verde elegeram os seus primeiros presidentes, cada Estado (em ordem como na foto e aqui na descrição): Luis Cabral (1973-1980); Agostinho Neto (1975-1979), Samora Machel (1975-1986) e Aristides Maria Pereira (1975-1991) .

3 terminaram os seus mandatos de forma trágica. Cabral foi deposto por um golpe militar, Neto morreu por consequências de uma cirurgia no fígado e Samora em um acidente de avião. Aristides perdeu a presidência nas eleições de 1991.

É necessário que questionemos a História quando se trata de países colonizados e neocolonizados, porque há muitas informações que fazem as Histórias desses Estados se tornarem eurocêntricas, sendo que cada um deles tem construções distintas e próprias. É necessário observar a Revolução dos Cravos como uma das consequências a favor da saída de Portugal das Guerras de Descolonização, o que levou a independências desses estados, e não como um centro.

As demandas na Revolução dos Cravos além de serem contra a ditadura de Salazar, eram com fundo ao fim das Guerras na África, o que deu os processos de independência de Estados na África.

Sobre a luta anticolonial e uma das consequências a revolução dos cravos podemos observar o argumento em artgo de Historiador Lincoln Secco: 

“(...)O movimento dos capitães foi produzido pela impossibilidade do exército português manter o esforço de guerra contra os grupos guerrilheiros de Angola, Guiné Bissau e Moçambique. E o desenvolvimento do processo revolucionário adquiriu cores socialistas, comunistas, social-democratas e maoístas, embora seu resultado seja a democracia liberal. A Revolução Portuguesa não nasce em Portugal. Ela é produto direto das lutas de povos da chamada África Portuguesa e do desgaste a que foi submetido o exército português naqueles três teatros de operação de guerra (Angola, em 1961; Guiné Bissau, em 1963; Moçambique, em 1964).”

O Historiador Muryatan Barbosa escreveu artigo sobre a descolonização e as tendências do ensino de história da áfrica contemporânea:

“(...)É certo que a formação intelectual dos jovens estudantes africanos nestas e outras universidades fora da África, assim como o ensino dirigido por professores europeus e estadunidenses no próprio continente, foi um fato condicionante do tipo de prática profissional que se estabeleceu entre os historiadores nativos, a partir da década de 1970. Todavia, apesar deste fato, o intento de descolonizar a História para projetar uma “verdadeira” História da África, segue sendo, aparentemente, um objetivo desta geração de historiadores africanos. Este também era um desejo confesso de muitos intelectuais estrangeiros que se dedicaram ao tema a partir da década de 1960. Os movimentos de Independência, neste sentido, foram, sem dúvida, os motivadores para a ampliação e difusão dos estudos africanos em todo o mundo.”


Representatividade Histórica e Política dos Negros no Brasil

O processo de abolição da escravidão no Brasil teve o negro como protagonista politico: 138 curtidas e 29 comentários.


A Abolição da escravidão no Brasil foi impulsionada pela resistência negra contra a imigração forçada da África. Essa resistência resultou na formação de quilombos e guerras, como a Revolta dos Malês na Bahia (1835) que exigiu o respeito a cultura muçulmana e abolição. Inúmeras revoltas de alcunho republicano durante o período imperial teve participação de pessoas negras. A Conjuração Baiana (1789) também tinha participação de ex-escravizados defendendo o o abolicionismo.

A base escravocrata do Brasil no passado, é o fundamento que temos para entender que o nosso País possui um racismo estrutural (ALMEIDA, 2018) já que a nossa sociedade historicamente sobrepõe brancos sobre os negros na pirâmide social.

A capoeira é resistência (AMARAL & SANTOS, 2015) uma forma de reagir à opressão dos brancos. Durante o século XVI até o fim do século XIX, a escravidão era legalizada. E quando temos movimentos que reagem contra-lei, temos uma desobediência civil.

Para Hannah Arendt, filósofa política alemã, a desobediência civil é caracterizada como movimento político. Olhando por essa esfera, a resistência negra no Brasil durante os séculos XVI e XIX, pode ser compreendida como luta por mudanças em leis, contra a escravidão, pela liberdade civil, e direito de terras, direito defendido pelo político e engenheiro negro André Rebouças (PEQUENO, 2017).

Com o bloqueio continental (1806) de Napoleão, o Reino Unido pressionou Portugal (também ameaçado) a assinar um acordo de mercado, ou “abertura dos portos às nações amigas”, fazendo o Brasil ser inundado de mercadorias inglesas. A Inglaterra tinha nessa época o liberalismo econômico "evoluído" na política. 

Historiadores Tiago da Silva e Vanessa Silva descrevem que “(...)Com a Revolução Industrial, veio a necessidade de novos mercados consumidores. Assim, a Inglaterra não só proibiu o tráfico para suas colônias, como também pressionou os outros países a fazerem o mesmo.

O interesse na abolição no Brasil era grande, pois somente com mão de obra assalariada existiria um mercado consumidor para os produtos europeus.” O interesse do branco, político monarquista ou liberal com raiz europeia em abolir a escravidão, era transformar os escravos em consumidores e para isso, teriam que transformá-los em trabalhadores remunerados. 

Portanto, a abolição da escravidão no Brasil, no fim do período monárquico (13 de maio de 1888) pode ser observada como um interesse de movimentos negros que utilizavam a resistência como desobediência. O interesse dos brancos, era transformar os escravos daquela época no que chamamos hoje de neoescravidão: Trabalho com jornadas de horários abusivas, sem regras e direitos básicos.


A Proclamação da República no Brasil e o conflito de interesses entre negros e brancos

Esta postagem teve 111 curtidas e 27 comentários.


Proclamada a República no Brasil - As forças armadas se voltam contra a monarquia, e força D. Pedro II deixar o Brasil, pondo fim à Constituição Monárquica de 1824, e depois foi criada a Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1891. De acordo com o cientista social Celso Castro em seu livro “A Proclamação da República”: “(...)o golpe de 1889 – ou “a proclamação da república”, como passou a História, foi um movimento chave no surgimento dos militares como protagonistas no cenário político brasileiro. A república então “proclamada” sempre esteve, em alguma medida, marcada por esse sinal de nascença (ou para muitos o pecado original). Havia muitos republicanos civis no final do império, mas eles estiveram praticamente ausentes na conspiração.” (CASTRO,2000; P. 8:9).

Ou seja, foi um golpe militar, aonde o exercito se aproveitou do enfraquecimento da monarquia e tomou o poder executivo a qualquer custo, sustentado pelos cafeicultores "coronéis" e ex-escravocratas, sem eleição de escolha parlamentar. Cabemos nos questionar quem era o exército no Brasil na época, uma vez que a base da sua formação foi lá na Guerra do Paraguai.

Conforme aponta o Doutor em Historia André Amaral de Toral em artigo sobre a formação do exército brasileiro na época: "A sorte dos escravos que lutaram na guerra do Paraguai se liga mais à questionável cidadania no Brasil e no Paraguai do que à questão de discriminação racial. O alistamento compulsório atingia igualmente o escravo, a população paraguaia e os pobres brasileiros. Os direitos individuais não existiam nem na monarquia constitucional escravocrata brasileira, nem na pretensa República paraguaia. Buscar algo de específico à condição negra copio característica principal na formação de exércitos e, portanto, das vítimas da guerra corresponde a uma demanda contemporânea sobre um contexto histórico que não responde a essas indagações."  DE TORAL, 1995.P. 295.

O apoio da monarquia à politicas afirmativas para ex-escravos (que nunca foram aprovadas - de autoria de políticos negros como André Rebouças), também contribuíram para o enfraquecimento da monarquia para as elites que eram escravocratas até um ano antes do golpe em que se deu a Proclamação da República, praticado pelo alto escalão do exército, apoiado pelos cafeicultores, pondo fim a Constituição do período Imperial vigente.

Outras reflexões...

Muitas lutas no mundo tem participação de pessoas negras e da África, e deve ser sempre pesquisado e lembrado. As suas representações precisam ser buscadas e pensadas.

Devemos nos questionar também na atualidade sobre o não cumprimento da lei 10.699/2003. Muitas instituições em pleno 2020 não utilizam referenciais negros ou de origens africanas. Podemos questionar se o passado no mundo escravocrata não tenha contribuído para isso. Se você leitor sentiu falta de alguma referência negra, sugiro, acima de tudo a leitura do Pequeno Manual Antirracista de Djamilla Ribeiro, pois lá entendemos que despertar a consciência sobre quem faz a História e a cultura Brasileira, são negros que estão na linha de frente, e que são até hoje a maioria da população Brasileira e a maior população negra fora da África. Introduzir literaturas ou teóricos negros é o básico para despertar uma filosofia ou uma ciência antirracista.

E sobre quem estranhou a utilização de Hannah Arendt como referência para explicar que a desobediência civil é uma forma de defender historicamente demandas oprimidas, reflita como analogia acima das disputas de poder entre questões Históricas entre formação do Estado de Israel, os Estados Unidos da América e os povos islâmicos, aonde a filósofa estava do lado de brancos e judeus. Quando eu escrevi o texto originalmente na conta do Instagram (https://www.instagram.com/p/Bv0yuHwn50n/), a maioria das minhas disciplinas na faculdade ainda focavam em autores brancos... e Muita coisa precisamos rever no presente para caminharmos para uma precisa representatividade.

Precisamos abrir muitos debates para que a História seja contada ou ensinada no ponto de vista também da África e dos negros, afinal, por anos, os mesmos foram excluidos das ciencias, da educação, inclusive da História devido o racismo.


Referências:

ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte (MG): Letramento 2018.
ARENDT, Hannah. Crises da República, Desobediência Civil. São Paulo: Perspectiva, 1973.
AMARAL, M. G. T. ; SANTOS, V. S. . Capoeira, herdeira da diáspora negra do Atlântico: de arte criminalizada a instrumento de educação e cidadania. Revista do Instituto de Estudos brasileiros, v. 62, p. 54-73, 2015.
ASTRO, Celso. A Proclamação da República. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.DEL PRIORE, Mary. O Castelo de Papel: uma história de Isabel de Bragança, princesa imperial do Brasil, e Gastão de Orléans, conde D’Eu. Rio de Janeiro: Rocco, 2013
BARBOSA, M. S. Eurocentrismo, História e História da África. Sankofa (São Paulo)[S. l.], v. 1, n. 1, p. 47-63, 2008. DOI: 10.11606/issn.1983-6023.sank.2008.88723. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/sankofa/article/view/88723. Acesso em: 20 nov. 2020.
CHEVITARESE, A. L.. Um Novo Olhar sobre o Jesus Histórico e o Paleocristianismo. Entrevista. Romanitas. Revista de Estudos Greco Latinos, v. 1, p. 1-10, 2013.
GOMES, Angela de Castro; FERREIRA, Marieta de Moraes. “Primeira República: um balanço historiográfico”. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v.2, nº 4, 1989.
MASCARO, Alysson Leandro. Crise e golpe. São Paulo: Boitempo, 2018.
PEQUENO, A. M. S.. 'O Negro André': a questão racial na vida e no pensamento d abolicionista André Rebouças. PLURAL (SÃO PAULO. ONLINE), v. 24, p. 242, 2017.
RIBEIRO, Djamila. Pequeno Manual Antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
SECCO, Lincoln. A Revolução dos Cravos: a dinâmica militar. Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, v. 47, 2013.
SILVA, T. C.; SILVA, V. F.. O outro lado da Abolição: O envolvimento dos maçons e dos negros no processo de emancipação do trabalho escravo. Escritos (Fundação Casa de Rui Barbosa), 2010.
TORAL, André Amaral de. A participação dos negros escravos na guerra do Paraguai. Estud. av. , São Paulo, v. 9, n. 24, pág. 287-296, agosto de 1995. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141995000200015&lng=en&nrm=iso>. acesso em 20 de novembro de 2020.  https://doi.org/10.1590/S0103-40141995000200015 .

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Dez (10) vezes que a URSS ou a Rússia foram pioneiras de forma estranha

Para referenciar a postagem:

LIMA, F. C. Dez (10) vezes que a URSS ou a Rússia foram pioneiras de forma estranha. Rio de Janeiro. Blogger: Fabistoria - Professor Fabiano Lima História e Educação. 19 de Nov. de 2020.

Dez (10) vezes que a URSS ou a Rússia foram pioneiras de forma estranha

Nesta postagem, deixaremos na íntegra os textos que editamos com as referências bibliográficas para a série "10 Vezes que a URSS ou a Rússia foram Pioneiras de forma estranha", para o meu Instagram (Instagram.com/ProfessorFabianoLima). Nesta série de postagens elegemos 10 evoluções tecnológicas e científicas em que a URSS ou a Rússia foram pioneiras e de forma questionável pelas ciências. Escolhemos os períodos de Guerras e da Guerra Fria, pois os períodos de guerra são conhecidos por serem os que mais ocorreram as maiores revoluções tecnológicas utilizadas até a atualidade. Como plano de fundo utilizamos o estranhamento sobre a descoberta da vacina Sputnik-5 pelos Russos no ano de 2020 para combate ao Corona Vírus (SARS-COV-2/COVID-19), vacina que foi questionada pela imprensa e por cientistas no ocidente devido a falta de transparência. Procedimentos científicos que levaram até a vacina também foram questionados. A seguir, de forma seriada, apresentamos cada um dos pioneirismos escolhidos pela equipe da página, que foram considerados grandes avanços, e que tem seus questionamentos técnicos e científicos apesarem de serem grandes feitos que alteraram a História da humanidade, seja ela para a comunicação ou demonstração de força contra o ocidente. Temos aqui satélites, missões espaciais, criações aeroespaciais e estratégias de guerra. Por ultimo não poderíamos deixar de citar a estratégia de guerra que arremete a uma pesquisa Histórica pelos Russos para vencer Napoleão Bonaparte e Adolph Hitler.

Autor: Fabiano Cabral de Lima, Professor de História e Mestre em Educação (UFRJ).
 
1. Vacina Sputnik – 5:

A Russia passou por um processo revolucionário Socialista, em 1917, que desencadeou no fim do regime monárquico/czarista, e inicio de um regime ~baseado~ no socialismo, sob constituição com direitos aos operários/trabalhadores/proletários, organizados em sovietes (grupos politicos formados por esses) para garantir os seus direitos. A URSS participou da II Guerra Mundial: quando há uma Guerra, há uma corrida ciêntifica para avançar a tecnologia, principalmente em se tratando da criação de armas. Com o fim da II Guerra Mundial em 1945, a URSS entrou na partilha da Alemanha (ex-Nazista) e participou (junto aos EUA, França e Reino Unido) de um grande processo de formação e educação da população alemã sobrevivente, contra ideias Nazistas. Após desavenças, a URSS e os Países capitalistas dividiram a Alemanha em duas: Oriental (Controle Soviético) e Ocidental (Controle Socialista) entre 1960-1961, criando uma fronteira armada que resultou na Muralha de Berlim. Países Capitalistas recomeçaram uma disputa armarmentista e tecnológica para mostrarem superioridade à URSS. A URSS não ficou pra trás! Exibiu na imprensa vários de seus avanços teclógicos, como o programa SPUTNIK, que foi uma resposta ao programa espacial da Nasa (EUA) desejando levar humanos ao Espaço, entre 1960-1961, depois substituido pelo SOYUS. A palavra "Sputnik" foi taggeada no tempo presente nas redes sociais (Agosto/2020): Rússia havia anunciado testes com sucesso da vacina "SPUTNIK" contra COVID-19 - Primeira patenteada no Mundo, sem transparência de procedimentos. SPUTNIK e disputa diplomática: Cientistas mundialmente se preocuparam com procedimentos éticos, e a falta de transparência da criação/ teste da vacina, e relataram perigos com remédios não testados cientificamente, sem transparência. Em 09/2020, cientistas Russos publicaram dados em revista cientifica indicando testes satisfatórios contra o vírus. Virus que está causando disputa tecnológica entre países no século XXI. Referencias nos comentários!

Sputnik Brasil. The Lancet publica os resultados dos testes clinicos da vacina russa Sputnik V. Materia Publicada em 04 de setembro de 2020. Site: https://br.sputniknews.com/sociedade/2020090416030764-the-lancet-publica-resultados-dos-testes-clinicos-da-vacina-russa-sputnik-v/
Olhar Digital. Cientistas identificam padrões improvaveis na SPUTNIK-V. Publicado em 11 de setembro de 2020. Site: https://olhardigital.com.br/coronavirus/noticia/covid-19-cientistas-identificam-padroes-improvaveis-na-sputnik-v/106856
HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e Parte 3. Desmoronamento. companhia das Letras. 1997.
2. Sputnik 1:

Sputnik 1 é o primeiro satélite artificial lançado no espaço por humanos, pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, em 4/10/1957, para teste de comunicação por RÁDIO há uma distância de 942 km de altura, na órbita da terra. Esférico, com 84 kg, e 58cm de diâmetro, em alumínio, segundo o Dr. Aydano Carleial, eng. em eletrônica pelo ITA, pesquisador de engenharia espacial, este lançamento fez que os EUA avançassem na criação da NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço). A URSS aproveitou material da sua parte na Alemanha: exploração de minérios e fábricas metalúrgicas e investiu na sua conquista do Espaço. Segundo o mesmo autor, o avanço científico espacial foi graças a avanços da Física na Idade Moderna, das comunicações por rádio e pesquisas realizadas pelos cientistas Konstantin Tsiolkovsky, Robert Goddard e Hermann Oberth que no início do século XX avaliaram propulsão de foguetes com reação química. O contexto de construção deste satélite ocorre quando rivalidades entre a URSS e países Capitalistas se acirram, antes da construção da Muralha de Berlim, entre 1960 e 1961. O Historiador Eric Hobsbawn, em A Era dos Extremos, um dos seus trabalhos sobre o Pós-II Guerra Mundial, a Guerra Fria começa com a neocolonização dos EUA e Inglaterra sobre a Alemanha e territórios na Ásia, com forte sentimento anti-comunista, apoiado pelo Presidente Roosevelt e pelo Primeiro Ministro Churchill. Disputas armadas ocorreram mais fortemente na Ásia, com a resistência da China Revolucionária (1949) e a divisão da Coreia em Norte (apoiada pela China e URSS) e Sul (apoiada pelos capitalistas). Essas disputas políticas e territoriais levaram as potências (URSS e EUA/Inglaterra) investirem em uma corrida armamentista, por equipamentos balísticos de longo alcance, VIA RÁDIO e a corrida aeroespacial, de alguma forma, entra nesta disputa como pesquisas para ameaça e desenvolvimentos de tecnologia para uma possível III Guerra Mundial. Referências nos comentários!

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da Conquista Espacial. Parcerias Estratégicas. v. 7, 1999
HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997.
Revista Super. Corrida Espacial. Por Da Redação - Atualizado em 31 out 2016, 18h24 - Publicado em 19 fev 2011, 22h00 Leia mais em: https://super.abril.com.br/historia/corrida-espacial/
3. Sputnik 2:

Como discutido nas postagens anteriores, a Guerra Fria (1947-1991) foi marcada por disputas tecnológicas entre potências de estrutura econômica baseada no capitalismo, representada por Reino Unido e Estados Unidos da América, contra potências de estrutura econômica baseadas no socialismo, representada pela Rússia dentro da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A disputa não resultou em guerra direta entre potências, porém, haviam as ameaças, e uma corrida tecnológica e armamentista. Guerras armadas ocorreram entre Países aliados dos EUA contra aliados da URSS, como nas Coréias, mas as Potências não interviram diretamente, pois o mundo temia uma 3 ª Guerra Mundial com armas nucleares, que ambas as potências desenvolveram, com poder de destruição em massa. O motivo da Guerra Fria está ligado, como descrito nas ultimas postagens, às rivalidades entre socialistas e capitalistas vencedores da II Guerra Mundial, que entraram em disputa pelo domínio da Alemanha, derrotada, que foi ocupada dividida em duas: Ocidental (capitalista) e oriental (socialista) até 1991. Em disputa tecnológica, houve Corrida Aeroespacial, e a URSS a 1ª lançar satélite na órbita da terra para teste de comunicação via rádio, o Sputnik I (satélite 1 em russo) - 04/10/1957. Um mês depois testou a resistência do 1 º ser vivo no Espaço. Em 03/11/1957 lançou no Espaço o Sputnik-2, com a cadela Laika a bordo, sem raça definida, encontrada nas ruas de Moscou. Foi um desastre: “Laika morreu em razão do superaquecimento da cápsula que a abrigava e, a Sputnik II viajou por mais cento e sessenta e três dias em torno da Terra explodindo ao retornar à atmosfera em abril do ano seguinte” argumentam as Mestres em Direito Janine Machado e Taciana Cervi. O fato foi levado a imprensa mundial como pioneirismo político, mas enfrentou manifestações de ambientalistas, e simbolizou a defesa pelos direitos dos animais, e contra a tortura em testes científicos em vários Países do Mundo. Referências nos comentários.

Referencias:

CERVI, Taciana Damo; BERTAZO VARGAS, Janaine . Experimentação científica em animais não humanos: novos rumos para a proteção dos direitos animais. Direitos Culturais (Online), v. 1, p. 53-66, 2016.
HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997.
Revista Super. Corrida Espacial. Por Da Redação - Atualizado em 31 out 2016, 18h24 - Publicado em 19 fev 2011, 22h00 Leia mais em: https://super.abril.com.br/historia/corrida-espacial/
SIQUEIRA, L. Bring data! Corrida espacial e inteligência. Diálogos, v. 22, n. 1, p. 76 - 90, 7 jul. 2018.

4. Vostok 1:

A Guerra Fria (1947-1991) simboliza uma disputa tecnológica entre potências de estrutura econômica baseada no capitalismo (Reino Unido e Estados Unidos da América), contra estruturas econômicas baseadas no socialismo (Rússia/União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS). A disputa não resultou em guerra direta entre potências, mas haviam ameaças, e corrida tecnológica e armamentista. Havia uma corrida aeroespacial, pela criação de aeronaves mais rápidas ou capazes e suportar pressões atmosféricas, capazes de ir ao Espaço: ainda desconhecido pelo homem presencialmente, mas já conhecido através de maquinas (Sputnik-1) e com testes polêmicos em animais (Sputnik-2). O espaço, ou o cosmo é objeto de investigação, desde a antiguidade. Sociedades no mundo todo tinham as suas deduções sobre o que era o cosmo, e mitologias para descrever o que havia lá. Na tradição Grega, cosmogônica, misturavam objetos do cosmo, a deuses criadores do universo grego. Na tradição Tupi-guarani, Jaci e Tupã são a lua e força criadoras do universo. Através de dados que temos acesso, a cosmogonia foi quebrada na antiguidade a partir de estudos cosmológicos, se desenvolvendo na Filosofia, buscando a origem da matéria e do “tudo”. A ciência, vinda da filosofia, prova para a humanidade que a Terra não é plana, e não é centro do Universo. Matemáticos, Físicos, Cartógrafos... desde a antiguidade, até o Tempo Presente estão em linha de frente, em experimentos provando que a Terra não é plana. Alguns pensadores foram até assassinados por religiosos, conforme artigo de 2006 do Cel. Do Exército, Doutor em Ciências, Gerardo Saraiva. O Soviético Yuri Gagarin, primeiro homem a observar a terra, do cosmo, a bordo da Vostok-1, em disputa espacial com Estadunidenses. É atribuída a ele a frase “Realmente, ela é azul!” sobre a Terra, e confirmadas por outros cientistas presencialmente no cosmo ou por satélites no Tempo Presente. Mas mesmo assim há negacionistas à ciência e crentes da “Planitude” (VOGT,2010).

Referências:

DE PONTES SARAIVA, Gerardo José. EXPLORAÇÃO ESPACIAL: Primórdios, Evolução, Estágio Atual. Revista da Escola Superior de Guerra, v. 21, n. 46, p. 52-79, 2006.
HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997.
VOGT, Carlos. A invenção da "planitude". ComCiência, Campinas, n. 120, 2010 . Disponivel em . accedido en 04 oct. 2020
5. Tupolev TU-114 (O avião turboélice de passageiros mais rápido do mundo):

A Guerra Fria (1947-1991) que simboliza uma disputa tecnológica entre potências de estrutura econômica baseada no capitalismo (Reino Unido e Estados Unidos da América), contra estruturas econômicas baseadas no socialismo (Rússia/União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS). A disputa não resultou em guerra direta entre potências, mas haviam ameaças, e corrida tecnológica e armamentista. Para desenvolver velocidade e alcance de mísseis, a tecnologia aeroespacial desenvolveu aviões rápidos. A TUPOLEV, antiga empresa Russa, desenvolveu bombardeiros na Guerra Fria: um turboélice foi considerado o mais rápido do mundo em 1952, o TU-95, alcançava 920 Km/h. Velocidade possível devido aerodinâmica e suas 4 turbinas com hélices duplas cada, contra rotativas. Enquanto a hélice da frente joga o ar para trás, a de trás corrige o ar alinhado à estrutura do avião, corrigindo o arrasto contra o ar, evitando desperdício de energia de ar circular provocado pela primeira hélice sobre a estrutura do avião. Nikita Khrushchov assume a presidência da URSS após a morte de Josef Stálin em 1953. Em 1954 ocorreu uma das Conferência de Genebra, onde são discutidas relações internacionais entre Estados em Guerra na época, e os EUA chegaram no evento com o Super Constelation, um avião turboélice moderno que alcançava 530 km/h. Khrushchov em 1959 faz uma visita a Washington em reunião de cúpula com o Pres. Eisenhower. Exigiu que um projeto adaptado do TU-95 fosse finalizado para leva-lo até os EUA. Era o TU-114 adaptado para passageiros, alcançava 800 km/h. Ao chegar no aeroporto impressionou jornalistas pela velocidade e som supersônico das 8 hélices. Em 1961 passou a servir oficialmente para passageiros. Devido altura do avião adaptaram escadas comuns sobre as escadas de aeroporto para saída das celebridades no ocidente. Foi assim o primeiro turboélice mais rápido do mundo, e o mais barulhento também. Referencias nos comentários! 

Referencias:

Aero Por Trás da Aviação. O turboélice MAIS RÁPIDO do mundo também é o avião MAIS BARULHENTO - Tupolev Tu-114. Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=aFMeLDLpzuc 

British Pathé. Ike Meets K (1959). Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=qGfyJAvnCwI 

DOMINGOS, Charles Sidarta Machado. 50 anos da Crise dos Mísseis: horror nuclear em tempos presentes. Revista Histoiae. Rio Grande do Norte. 2013

HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997. Classic Airliners & Vintage Pop Culture. Aeroflot Tupolev Tu-114 Rossiya - "Arrival Amsterdam" – 1964. Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=o8aH9QhIkiM

6. Tupolev TU-144 “Concordisky”: primeiro supersônico comercial de passageiros:

A Guerra Fria (1947-1991) simboliza disputa tecnológica entre potências de estrutura econômica baseada no capitalismo (Reino Unido e Estados Unidos da América), contra estruturas econômicas baseadas no socialismo (Rússia/União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS). A disputa não resultou em guerra direta entre potências, mas haviam ameaças, e corrida aeroespacial tecnológica e armamentista. Para desenvolver velocidade e alcance de mísseis, a tecnologia aeroespacial desenvolveu aviões rápidos. O Presidente Nikita Khrushchov após morte de Stálin (1953), continuou mostrando soberania soviética ao ocidente, para defesa de Guerras. 26/12/1975, a Tupolev, criada por Andrei Tupolev, projetista de aviões, lançou para o mercado o TU-144, o primeiro avião supersônico de passageiros apresentado ao mundo. O projeto baseado em asa delta (TUPOLEV, et Al., 1975), iniciou produção em 31/12/1968. 01/1976, foi lançado ao mercado, o Concorde, de mesmas características, desenvolvido por associação de empresas de aviação europeia com a British Overseas Airways Corporation. Iniciou produção em 04/1965 e testado em voo em 02/03/1969. O projeto soviético foi utilizado para passageiros pela Estatal Aeroflot, com 16 produzidos. O Concorde teve 20 produzidos, operados por Air France e British Airways. Teorias nunca comprovadas acusam o soviético de espionagem industrial, pois a falta de controle de pessoal no projeto do Concorde, fez Soviéticos civis(?) trabalharam na BOAC. O 144, ou “Concordiski” apresentou falhas: o som interno era alto, e em exibição-testes na França em 1973 explodiu após apresentação do rivalizado Concorde. Teorias nunca provadas acusam de sabotagem, o tempo curto de teste e execução do projeto, e do piloto de ter feito uma curva arriscada a mando de Krushchov. Deixou de transportar passageiros em 1978, já o Concorde em 2003, após acidente fatal na França em 2000. Os bastidores da Guerra Fria têm segredos que até hoje não conhecemos. Referencias nos comentários!

Referencias:

Alonso, J. J., & Colonno, M. R. (2012). Multidisciplinary Optimization with Applications to Sonic-Boom Minimization. Annual Review of Fluid Mechanics, 44(1), 505–526.

DAHER, Elias. Suspeita de Espionagem Industrial in: DAHER, Elias. Gestão Estratégica. EDUEL, 2019.

HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997. Tupolev, Andrei Nikolaevich, et al. "Aeronave supersônica com asa delta." Patente US No. 3.900.178. 19 de agosto de 1975.

Ômega 3. Acidente do Tupolev 144 no show aéreo de Paris em 1973. Youtube. https://www.youtube.com/watch?v=7PmtDBOxWEw.

SYMONS, L. SOVIET CIVIL AIR SERVICES. Geography, vol. 58, no. 4, 1973, pp. 328–330. JSTOR, www.jstor.org/stable/40568162. Accessed 18 Oct. 2020.

7. Antonov An-225 (Avião mais pesado e com maior capacidade de cargas do mundo):

A Guerra Fria (1947-1991) simboliza disputa tecnológica entre potências de estrutura econômica baseada no capitalismo (Reino Unido e Estados Unidos da América), contra estruturas econômicas baseadas no socialismo (Rússia/União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS). A disputa não resultou em guerra direta entre potências, mas haviam ameaças, e corrida aeroespacial tecnológica e armamentista. Desta vez o pioneirismo não é russo, e sim da Ucrânia (integrou a URSS até 1991). Até os anos 1980 a URSS construiu 11 ônibus espaciais - os Buran (nevasca em Russo). Era preciso transportá-los entre as repúblicas soviéticas em testes, então era necessário um grande avião cargueiro. Desde 1977 a NASA (EUA) utilizava o maior cargueiro da época, o Boeing 747 transportando ônibus espaciais. O An-225, conhecido como Mryia (sonho em ucraniano), teve produção concluída em 1988, com um segundo parcialmente concluído. Porém, 2 anos antes, o Presidente Mikhail Gorbachev anunciou a Perestroika (um pacote de desestruturação da economia soviética com descentralização política) e a Glasnost (transparência pública política, que caracterizou na redemocratização dos países membros). Estados agora ex-membros da URSS tornaram-se independentes político-econômicos. O programa espacial soviético passou ser compartilhado internacionalmente, e houve parcerias com a NASA. Assim, a Antonov tinha o maior avião cargueiro do mundo, mas não tinha o programa espacial soviético como trabalho. A Antonov se tornou uma empresa de avião cargueira, e apenas um An-225 está em funcionamento, além de outros aviões cargueiros menores. O Mryia esteve duas vezes no Brasil, em 2010, em Cumbica (SP) transportando peça para exploração de Petróleo, e em 2016 com escala em Campinas (SP), indo para o Chile, carregando um gerador de energia Brasileiro. Durante a Pandemia do COVID-19 o avião transportou equipamentos médicos. Uma empresa chinesa está participando de um projeto para modernizá-lo. Referências nos comentários.

Referências:

HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997.

KARAS, Eduardo (Ed.). Supermáquinas: Antonov An-225, a maior aeronave do mundo. 2011. Disponível em: . Acesso em: 25 out. 2020.

KOLEK, Robert. China and Ukraine are going to build the largest plane in the world. 2016. Disponível em: . Acesso em: 25 out. 2020.

NUNES ALVES, Marcelo Romell. POTENCIALIDADES E DESAFIOS DE UM AEROPORTO PARA TRANSPORTE AÉREO DE CARGA NA MESORREGIÃO OESTE POTIGUAR. Monografia (graduação) Universidade Federal Rural do Semi-árido, Curso de Engenharia de Produção, 2019.. 63 f. : il.

8. Maior Ecranoplano já construído ou existente:

A Guerra Fria (1947-1991) simboliza disputa tecnológica entre potências de estrutura econômica baseada no capitalismo (Reino Unido e Estados Unidos da América), contra estruturas econômicas baseadas no socialismo (Rússia/União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS). A disputa não resultou em guerra direta entre potências, mas haviam ameaças, e corrida aeroespacial tecnológica e armamentista. O Ekranoplano foi tentativa da URSS de criar um aparelho bombardeiro, que se locomovia através do efeito-solo, onde o aparelho é empurrado para cima através de uma pressão de ar realizada na parte de baixo, e também propulsionado para frente. Essa tecnologia é possível para que um aparelho flutue sobre o solo, mas e sobre a água? O maior já fabricado, o KM, estreou sobre as águas no Mar Cáspio em 1966. O Ekranoplano foi criado pelo engenheiro naval soviético Alexeev Rostislav Evgenievich, com o início de projeto nos anos anos 1950-1960, entre governos dos Presidentes Malenkov e Krushchev. O aparelho utilizava o efeito solo através de seu desenho aerodinâmico, propulsionado por 8 turbinas na frente do aparelho, que jogavam o ar em direção à um par de asas no meio, fazendo o objeto flutuar quando andava para frente. Não voava como um hidroavião e nem sobre a água como um navio, e sim, gerava, como já dito, uma corrente de ar para baixo do aparelho para flutuar a 5 metros de altura. Tudo isso para alcançar velocidade para defensa de ataques marítimos de navios sobre as águas, em velocidade de 550 Km/h, e também responder contra aviões na mesma velocidade. Quando o ocidente descobriu o KM nos anos 1970, foi chamado pela imprensa de “monstro do mar Cáspio” em simbologia às lendas marítimas. O projeto foi desativado devido acidentes (Afundamento do KM), fim da URSS e ausência de estabilidade no ar e água. Sofria corrosão nas turbinas que eram trocadas constantemente. O KM foi o maior construído, e o Lun o maior ainda existente. Referências nos comentários.

Referencias:

HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997.
NATO, RTO. "Fluid Dynamics Problems of Vehicles Operating Near or in the Air-Sea Interface." RTO Applied Vehicle Technology Panel Symposium. 1998.
SPUTNIK. A União Soviética teve seus grandiosos e épicos projetos, dentre os 5 projetos mais épicos estão o Buran e o “monstro do mar Cáspio”. Matéria publicada em 28 de dezembro de 2018. Link: https://br.sputniknews.com/defesa/2018122813005413-conheca-epicos-projetos-sovieticos/

9. Tsar Bomb:

A Guerra Fria foi uma das consequências das duas Guerras Mundiais ocorridas entre 1914 e 1945. Alemanha foi o Estado Histórico e Politicamente culpado pelas Guerras Mundiais, por ter se aliado à Itália e outros reinos contra Reino Unido, Rússia (depois URSS) e EUA, em disputa por terras para neocolonias. Alemanha e Itália se tornaram Países recentes na época (Alemanha se tornou um País em 1871, e Itália em 1870) e não dominavam o colonialismo e o neocolonialismo como Estados de formações mais anteriores como Espanha (1492), Portugal (1143), França (473 d.c) e Inglaterra (927 d.c) mais tarde, Reino Unido. Os Países com formações antigas, conquistaram colônias/neocolônias nas Américas, África e Ásia, explorando terras, mercados e escravizando pessoas. Alemanha e Itália ficaram sem vantagens durante a redivisão das neocolônias na África e Ásia no Conferência de Berlim (1884-1885). Alemanha e Itália e reinos aliados investiram em corrida armamentista tomando colônias a força, uma das causas da I Guerra Mundial. A derrota de Alemanha e Itália na primeira, foi consequência revanchista para a segunda guerra. Japão, aliado da Alemanha e da Itália, mesmo após ocidentais se renderem, continuou atacando Reino Unido e EUA. Só parou quando as bombas nucleares lançadas pelo EUA - Fat Man e Litle Boy - carbonizou 230 mil pessoas, em Hiroshima e Nagasaki. A Guerra Fria, foi conflito entre vencedores da II GM: Ocidentais versus URSS, tecnologicamente e politicamente durante ocupação da Alemanha. Continuaram construindo Bombas nucleares sob ameaças de III Guerra. A maior detonada é da URSS chamada de “Tzar” (rei em russo), 3800 vezes mais forte que Fat Man e Litle Boy.
Jogada em 1961, sob ordens de Nikita Krushchev, Presidente da URSS, em Nova Zembla, território Russo, fez nuvem de 60 km de altura, realizando queimaduras de 3º grau em 100 km de distância da nuvem. Mostrou para o ocidente que é capaz de se defender de ataques. Apelidada de Bomba do Fim do Mundo. Referências nos comentários.

Referencias:

BERALDO, Rosel Antonio; SGANZERLA, Anor. Razão, Técnica E Ética: Uma Relação Conjunta Para Proteger A Vida Sob A Ótica De Hans Jonas. Revista Reflexões, Fortaleza-Ce - Ano 6, Nº 11 – Julho A Dezembro De 2017 Issn 2238-6408.

DeGroot, G. (2004). A bomba, uma vida. The RUSI Journal, 149 (3), 58–63. doi: 10.1080 / 03071840408522950 HOBSBAWN. E. A Era dos Extremos. parte 2: Era de Ouro e 8. Guerra Fria. companhia das Letras. 1997.

Mundo Tentacular. Blogue. http://mundotentacular.blogspot.com/2019/07/tsar-bomba-detonacao-da-arma-mais.html Consultado em 08 de novembro de 2020. Otoni, Otoniel. Tratado De Não Proliferação De Armas Nucleares – Potencialização de Diferenças na Geopolítica Global. Monografia de conclusão do curso de Licenciatura em Geografia. Universidade de Brasília. Brasília, 2013.

10. Maiores estratégias de terra arrasada:

Fechando a série, discutiremos a estratégia Russa que obteve as maiores vitórias em dois grandes conflitos: Guerras Napoleônicas (1803-1815) e na II Guerra Mundial (1939-1945). Napoleão Bonaparte quando se autoproclamou Imperador franco (1804) conquistou territórios na Europa, dominando mercados Ingleses, isolando-a do continente, ocupando os seus aliados. O que “salvou” a Inglaterra de crise total: financiamento da vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, através de acordo, doando o seu mercado aos Ingleses (1808), salvando domínio político-econômicos. Napoleão anexou: Espanha, Dinamarca, Noruega, o Império Austríaco, Otomano e a Península Itálica entre 1804-1812. Seu exército: cerca de 612 mil homens falantes de 12 línguas (MAGNOLI, 2006). Acreditando em mito de Europa rendida, partiu em direção à Rússia. Czar Alexandre (Rússia) ordenou uma estratégia utilizada por antigos e orientais: Queimar cidades e poluir rios na rota do inimigo para matar rivais de fome e sede, no inverno, que chega à -50°. Foi a maior derrota de Napoleão, que retornou com 17 mil homens, e capturado pelos Ingleses em 1815, preso na Ilha de Santa Helena. Reinos e colônias europeias, foram restaurados e redivididos entre chefes de Estado, resultando em desavenças contra Países recém formados: Alemanha e Itália, levando à I Guerra Mundial e derrota dos dois. Adolf Hitler ascendeu a chefe de Estado alemão, e induziu o povo à revanche contra os vencedores da I Guerra: Inglaterra e EUA. Começou provocando a URSS (1933) mas os ocidentais alimentados com anticomunismo, não ligaram, até ocorrer a Invasão da Polônia, aliada inglesa (1939). A maior derrota de Hitler (05/09/1941) foi durante o inverno: direcionou parte de 1 milhão de soldados à Smolensk, quando Stálin (Líder da URSS) ordenou a tática de terra arrasada. Hitler perdeu armas e soldados em pântanos formados nessas regiões, chegou fraco em Stalingrado (Moscou) e depois derrotado (França-Berlim: 1944-1945) e suicidou-se. Referências nos comentários!

Referências:

MAGNOLI, Demétrio (org.). A História das Guerras. São Paulo: Contexto, 2006. 521p.

HOBSBAWN, Eric. A Era da Guerra Total. In HOBSBAWN, Eric. A era dos extremos: o breve século XX. 1914-1991. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. P. 29-70. HOBSBAWM, E. J. A Revolução Francesa. In HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções. 9.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. P. 71-126. HOBSBAWM, E. J. A paz. In HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções. 9.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. P. 71-126. HOBSBAWM, E. J. A Guerra. In HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções. 9.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. P. 71-126.

VIEIRA, Jadir et al. A arte da guerra: e as dez táticas mais eficazes da Antiguidade. TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. História. 2015.

Educação ambiental com metodologias ativas, e produção textual com crianças. (Texto publicado originalmente no akairoscurso.blogspot.com)

(Texto publicado originalmente no akairoscurso.blogspot.com)   Por: Fabiano Cabral de Lima. Professor, Historiador e Mestre em Educação pela...